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O ex-vice-reitor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Eduardo Di Mauro, defendeu a investigação sobre a publicação do livro "UEL: Tempo de Luz/2002-2006", um relatório dos quatro anos de mandato dele e da reitora Lygia Puppato, atual secretária de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia do Paraná. A UEL anunciou a abertura de uma sindicância e a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público também investiga o caso.

O livro custou cerca de R$ 11 mil aos cofres da universidade e foi feito por meio de contratações terceirizadas de um jornalista, uma diagramadora, uma projetista de capa e uma gráfica, embora a UEL tivesse no quadro funcional mais de uma dezena de jornalistas. Nos documentos do processo encaminhado pela auditoria interna da UEL à Procuradoria Jurídica da instituição, o ex-chefe da Coordenadoria de Comunicação (COM), Isaac Antônio Camargo, justifica a terceirização afirmando que a publicação do livro era urgente. Segundo ele, os jornalistas da universidade não teriam tempo hábil para a produção do material antes do fim do mandato, em 9 de junho.

"Não acho necessário fazer esse tipo de trabalho (o livro) e não dei autorização para nada", afirmou Di Mauro. "Só tive conhecimento dois dias antes do término do meu mandato. Fiquei surpreso quando recebi um exemplar", completou.

A sindicância da UEL e a promotoria investigam se o gasto foi adequado, se houve respeito à lei de licitações e se existiu promoção pessoal com a publicação. "A investigação se justifica, com certeza", disse Di Mauro. O ex-vice-reitor, que assumiu a reitoria meses antes do fim do mandato – quando Lygia passou a exercer o cargo no governo do Estado – afirma que os pró-reitores também tinham autonomia para efetuar os gastos sem que o reitor soubesse. A assessoria de imprensa da secretaria informou que Lygia emitirá hoje uma nota oficial sobre o caso.

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