• Carregando...
Gilmar Lima e Vani de Fátima ouviram a sentença em silêncio | Luiz Carlos da Cruz/ Cascavel
Gilmar Lima e Vani de Fátima ouviram a sentença em silêncio| Foto: Luiz Carlos da Cruz/ Cascavel

A Justiça condenou um casal pelo assassinato de uma menina de cinco anos ocorrido em março do ano passado em Cascavel, no Oeste do estado. Juntas, as penas de Gilmar Lima, 23 anos, e Vani de Fátima Trates, 27, foram fixadas em 77 anos e dois meses de reclusão em regime fechado.

Vani, mãe de Rafaela, pegou a pena maior: 40 anos e sete meses. O marido e padrasto da menina foi condenado a 36 anos e sete meses de reclusão em regime fechado. Os dois ouviram a sentença em silêncio e não demonstraram qualquer tipo de reação.

Rafaela Eduarda Trates foi morta por estrangulamento e teve o corpo jogado em um poço desativado.

O conselho de sentença foi formado por sete mulheres que consideraram o casal culpado pela morte da menina. Na época do crime, Vani estava grávida de oito meses.

Necropsia

O primeiro depoimento durante o júri foi do médico legista que fez a necropsia no corpo da menina. Ele disse que a garota foi morta por estrangulamento, que não foram encontradas lesões na cabeça da menina, o que derrubou a tese da defesa do casal -- que sustenta que a vítima sofreu uma queda, bateu a cabeça na mesa e morreu. Com medo, o casal teria ocultado o cadáver. Antes de apresentar essa justificativa, a mãe informou à polícia que havia entregado a filha para doação.

O promotor de Justiça Eduardo Labruna Daiha informou que a pena de Vani foi maior porque, como mãe, ela tinha o dever de zelar pelo bem estar da criança. "Saio [do júri] com a sensação de dever cumprido", afirmou. Segundo a sentença, o padrasto matou a menina e a mãe não fez nada para impedir e ainda ajudou a ocultar o cadáver.

A defesa dos acusados informou que vai recorrer da sentença para tentar diminuir a pena.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]