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A dona de casa Adélia Fátima Ribeiro acordou na manhã de ontem e estranhou o sumiço da filha, que saiu de casa, no Tatuquara, em Curitiba, às 18 horas do dia anterior. Preocupada, em companhia dos dois filhos menores, de 9 e 6 anos, foi procurar pela adolescente de 13 anos. A uns 800 metros de casa, no início de um matagal, uma das crianças pergunta: "Mãe, não é o tênis da Diuly?". Adélia entra no mato e logo avista o corpo da filha. Ela estava amarrada, seminua e estrangulada com a própria calça.

"Ela saiu de casa com o namorado", afirma a mãe. Segundo ela, o adolescente era violento e já havia batido em Diuly diversas vezes, chegando até a machucá-la com uma faca. "Ontem (na segunda-feira) eu encontrei ele, que me disse que minha filha não voltaria inteira para casa", relata.

De acordo com a polícia, o namorado informou que o casal discutiu e os dois se separaram, ficando a menina em companhia de outros adolescentes. "O local onde ela foi encontrada é utilizado como esconderijo para o consumo de drogas", informou o delegado Adonai Armstrong, da Delegacia de Homicídios. "Estamos investigando e vamos chegar aos culpados", assegura.

O laudo do Instituto Médico Legal, que vai apontar a causa da morte, e também se Diuly foi ou não violentada sexualmente, deve sair em dez dias. "Esperamos justiça; isso não pode ficar assim. Quem fez isso com minha filha pode fazer com outras meninas também", desabafa a mãe.

Diuly cursava a 6.ª série no Colégio Estadual Monteiro Lobato e era vista como uma menina explosiva, porém, boa e meiga. "Todo mundo gostava dela", conta o padrasto, o motorista Márcio Luiz. Como toda adolescente, ela aproveitava seu tempo livre com os amigos e quando estava em casa gostava de ver televisão e ouvir música. Fã de Punk Rock, Diuly adorava o irmão mais novo e sonhava em estudar para arrumar um bom emprego, pagar a faculdade de Veterinária, casar e ter uma casa melhor, na qual pudesse morar com o irmão. "Ela era uma menina linda, carinhosa, que conversava muito comigo e tinha muitos sonhos", reforça a mãe.

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