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A felicidade de descobrir, em junho, que estava grávida de gêmeos contrastou com a tristeza de chegar em casa com apenas um bebê no colo. A situação foi vivida pela auxiliar de enfermagem Maria de Fátima dos Santos, 34 anos, em sua primeira gestação. Luiz Henrique Kauffman ganhou alta no último sábado, após resistir ao difícil período depois do parto prematuro, mas o irmão Carlos Eduardo, apesar de maior e mais forte, acabou morrendo. Eles nasceram no dia 25 de novembro. Os médicos disseram que precisavam de muitos cuidados, mas que estavam bem.

Maria de Fátima saiu da maternidade tranqüila na segunda-feira, contudo o quadro já era outro no dia seguinte. "Comecei a estranhar quando vi todo mundo correndo, preocupado e percebi que era grave", relata. Ela conta que todos os prematuros internados ficaram doentes ao mesmo tempo. A medicação foi trocada e Luiz Henrique reagiu bem. Carlos Eduardo teve três paradas cardio-respiratórias e não sobreviveu. O atestado de óbito aponta sepse grave.

A caixa-operadora Luciane Ziemmer Pereira, 26 anos, também chora a morte do filho Rafael. Ele nasceu no dia 30 de novembro e já havia superado a fase crítica de três dias após o parto prematuro. Fruto de uma gestação de 6 meses e meio, o menino nasceu com apenas 1,020 quilo e precisou ser internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI). "Ele era perfeitinho, só o pulmão era fraco, mas me disseram que ele estava melhorando", conta. No quinto dia de vida o quadro se agravou e Rafael morreu. Luciane decidiu engravidar para atender um pedido da filha Caroline, de 5 anos, mas agora não sabe se fará uma nova tentativa.

Depois que tiveram conhecimento pela Gazeta do Povo sobre a investigação das mortes, as duas famílias decidiram que irão acompanhar a apuração e tomar providências para exigir responsabilização dos eventuais culpados. (KB)

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