Durante os três dias de feriado de Tiradentes deste ano as polícias rodoviárias registraram uma redução no número de acidentes, mortos e feridos nas estradas do Paraná em comparação com o mesmo feriado de 2005 - no ano passado foram quatro dias de "folga", a partir já de quinta-feira.
Na média os números de acidentes deste e do ano passado ficaram próximos. Foram cerca de 79 por dia em 2005 e 77 neste ano. Diferença pequena também na média de mortes por dia. São quatro no ano passado contra três em 2006. Já em relação à média do número de feridos a diferença é maior. Segundo os dados do balanço, em média, 72 pessoas ficaram feridas por dia em 2005, enquanto que este ano foram 58.
De acordo com o balanço final da Operação Tiradentes, iniciada à 0h de quinta-feira até 23h59 deste domingo, 10 pessoas morreram, 176 ficaram feridas em 233 acidentes. Em 2005 as polícias rodoviárias registraram 318 acidentes que deixaram 288 feridos e 16 mortos. Os dados foram divulgados no início da manhã desta segunda-feira.
Estradas federais
De acordo com o balanço do feriado de 2006, foram registrados nas rodovias federais do Paraná 50 acidentes, 26 feridos e a morte de Teodoro Barbosa, de 52 anos. O acidente com Barbosa aconteceu às 0h40 da madrugada de quinta-feira no Contorno Leste, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Barbosa estava de bicicleta e teria batido de frente com um caminhão.
Apesar da morte, os índices deste ano são inferiores aos registrados no feriado de Tiradentes de 2005, quando a PRF contabilizou 74 acidentes, 51 feridos e três mortes.
Em relação ao movimento nas estadas, os dias de maior fluxo, segundo a PRF, foram quinta-feira e domingo - dia normalmente de ida e de volta. No período da tarde de domingo, na BR-376, que liga Curitiba a Santa Catarina, o pico de veículos por hora foi de 3.200. No mesmo período, na BR-277, acesso ao Litoral do Paraná, o pico foi de 1.500.
De acordo com o inspetor do núcleo de comunicação social da PRE, Maurício Hugolino Trevisan, a redução dos números é conseqüência da campanha de conscientização e o aumento no número de radares ao longo das rodovias. "Neste feriado foram fiscalizados 2.944 veículos e aplicadas 481 multas por excesso de velocidade", contabiliza.
Estradas estaduais
Nas rodovias estaduais, fiscalizadas pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE), aconteceram 186 acidentes que deixaram nove mortos e 150 feridos. No ano passado, foram 13 mortos, 237 feridos em 244 acidentes durante os quatro dias de feriado. Outra redução mostrada no balanço é no número de atropelamentos: cinco em 2006 contra sete no ano passado.
Para o tenente da PRE, Sheldon Vortolin, mesmo se o feriado de Tiradentes de 2006 fosse de quatro dias, como o do ano passado, os índices iriam permanecer abaixo dos de 2005. "Não acredito que em apenas um dia iriam acontecer 61 acidentes com 87 feridos e quatro mortos", calcula o tenente, subtraindo os números de 2005 com os deste ano. Ainda de acordo com o tenente, a conscientização dos motoristas somada ao policiamento ostensivo ao longo das rodovias contribuiram para a redução dos índices este ano. "Claro que a presença dos radares também é determinante para a redução", disse o tenente. Neste ano foram aplicadas 993 autuações contra 1.064 em 2005.
Segundo o balanço final da operação, o dia com mais ocorrências de acidentes nas rodovias estaduais foi o domingo - dia da volta. "Os dias com mais acidentes são sempre o primeiro e o último. Foram 50 acidentes na noite de quinta e 54 no domingo", contabiliza Vortolin. O período da noite de quinta-feira também registrou o maior número de mortos: três no total.
Páscoa
Os números finais de acidentes e feridos da Operação Tiradentes também são inferiores quando comparados com os mesmos dados do balanço da Operação Páscoa (de 14 a 16 de abril). No feriado pascal foram contabilizados 291 acidentes, contra 233 do de Tiradentes. Em relação ao número de feridos, foram 238 na Páscoa e 176 neste último feriado.
O número de mortos, porém, foi maior no feriado de Tiradentes. Foram 10 mortes contabilizadas contra cinco na Páscoa.
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