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Largo da Ordem lotado no fim do dia, com o céu ainda claro: dias mais longos são um incentivo ao happy hour | Fotos: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Largo da Ordem lotado no fim do dia, com o céu ainda claro: dias mais longos são um incentivo ao happy hour| Foto: Fotos: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
  • Lindamiro aproveita, mas reclama:
  • Curitibano aprova horário de verão. Confira resultados da pesquisa

O curitibano aprova o horário de verão, demora pouco para se acostumar à mudança e diz que aproveita mais o dia quando adianta o relógio em uma hora. É o que indica uma pesquisa feita pela Paraná Pesquisas a pedido da Gazeta do Povo. Entre as pessoas ouvidas, 69% disseram que gostam do horário de verão e 60% responderam que os benefícios econômicos resultantes da mudança compensam possíveis incômodos. A pesquisa aponta também que a maioria dos curitibanos demora pouco tempo para se adaptar. A Paraná Pesquisas ouviu 490 pessoas maiores de 16 anos, na última quinta-feira. A margem estimada de erro é de 4,5%.

Metade das pessoas ouvidas (51%) acha que aproveita mais o dia com o horário de verão. Para 30%, o ponto positivo é sair do trabalho ainda com a luz do dia, e 8% disseram que se sentem mais dispostos. Entre as desvantagens os entrevistados apontaram o cansaço (32%) e a sensação de que o tempo de sono diminui (31%). Para 15% deles, no entanto, não há desvantagens. E um dado surpreendente: 31% disseram que seus organismos se adaptam aos ponteiros do relógio no primeiro dia de vigência do novo horário. Outros 15% responderam que precisam de dois a três dias. Para 14% são necessários de seis a sete dias, e 27% disseram precisar de mais de uma semana.

E o que faz o curitibano quando deixa o trabalho ainda com sol? Entre as três respostas mais votadas, duas não dependem de tempo bom. A alternativa mais votada foi limpar a casa e a terceira foi ver televisão. Em segundo aparecem exercícios ou esportes. A seguir vêm fazer compras, happy hour e reunir os amigos em casa.

Sono

O produtor de tevê Lindamiro Garcia, 37 anos, está na turma dos que precisam de um tempo maior para se adaptar. Apesar de acordar por volta das 10 horas da manhã todos os dias, Garcia diz que precisa de quase um mês. "Pode ser bom para a economia, mas eu não gosto", afirma. "Fico o dia inteiro com sono. Preciso de no mínimo uns 20 dias." O azulejista Vanderlei Alves Pereira, 39 anos, concorda. "A gente dorme mais tarde. Depois acostuma, mas eu preciso de pelo menos umas duas semanas." Para quem toma uma cerveja ainda com sol, depois do trabalho, o horário é o ideal. "Eu gosto. Mas com chuva ou sol a gente está aqui", admite o empresário Heros Luis Tudar, 29 anos.

A recomendação da neurologista Márcia Assis, especialista em medicina do sono, é para as pessoas tentarem manter seus horários. "O cansaço vai aparecer. A pessoa deve se esforçar para obedecer ao novo horário", diz. "As regras para ter um sono de boa qualidade devem ser lembradas: ter um horário regular para se deitar e levantar, evitar exercícios físicos e alimentação muito pesada perto da hora de dormir, ter técnicas de relaxamento. Todos esses cuidados devem ser aplicados ainda com mais vontade."

O psiquiatra Dagoberto Hungria Requião lembra que o ser humano vive um ciclo diário, que é alterado quando o horário muda. "O organismo se adapta a um estilo de vida respeitando as ordens da natureza", comenta. "O horário de verão dá uma bagunçada nisso. Quando chega 9 horas ou 9h30 já começa uma sensação de fome, de pensar no almoço." Mas, segundo ele, é só uma questão de adaptação. "O organismo é uma máquina que aguenta temperaturas baixas e altas, mudanças repentinas. Ele se adapta."

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