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Mais dois alunos da Escola Naval do Rio de Janeiro que estavam internados após participar de treinamentos físicos receberam alta. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (24) pela Marinha. Seis estudantes permanecem no Hospital Naval Marcílio Dias, no subúrbio do Rio, e apresentam melhora; outro estudante já havia sido transferido para uma clínica particular. A Marinha informou ainda que os estudantes internados estão recebendo a assistência necessária e apresentam boa evolução clínica.

Na última sexta-feira (21) outros três jovens já haviam sido liberados. Os alunos têm entre 18 e 21 anos e fazem parte da turma recém-aprovada na Escola Naval que forma os oficiais da Marinha. Eles foram hospitalizados depois da primeira semana de aula, durante o que a Marinha chama de estágio de adaptação à vida militar. Nesse período, os alunos fazem exercícios fisícos. De acordo com a Marinha, foi por causa disso que os 12 passaram mal e tiveram de ser hospitalizados.

Na primeira semana, três estudantes tiveram vômitos e dores abdominais. Depois mais nove também passaram mal. As famílias dizem que eles foram submetidos a exercícios físicos exagerados. A Marinha nega. Dois deles, segundo parentes, precisaram ser submetidos a diálise por insuficiência renal.

Denúncia

Alguns familiares denunciam que a violência dos exercícios físicos seria uma espécie de trote. Os calouros teriam sido obrigados a correr com mochilas e as malas nas costas debaixo de sol forte e sem beber água. Uma parente de um dos alunos, que não quis se identificar, desabafou: "É muito triste porque é a quebra de um sonho desses jovens que vão para a Marinha querendo exercer a função. Servir a Marinha e, de repente, um baque muito grande", disse.

Segundo o almirante Leonardo Puntel, diretor da Escola Naval, não há trote na instituição. Ele afirmou na última quarta-feira (19) que a Marinha abriu uma sindicância para apurar o caso. "Nós estamos apurando para ver o que efetivamente aconteceu. Não existe trote na Escola Naval de maneira nenhuma. Existem, sim, atividades físicas, físico-militar, atividades profissionais. Tudo isso muito bem planejado", disse Puntel.

De acordo com a nota, 231 futuros aspirantes foram inscritos no curso que faz parte de um processo de adaptação da Escola Naval. As atividades vão até o fim do mês.

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