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Equipes da Secretaria municipal de Assistência Social (SMAS) recolheram, na manhã desta segunda-feira (15), 71 usuários de crack no entorno das das comunidades do Complexo de Manguinhos e do Jacarezinho, na Zona Norte. Entre os dependentes químicos retirados da rua estão três adolescentes. A operação ocorreu um dia depois da ocupação das comunidades de Manguinhos e Jacarezinho por forças de segurança para a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

O trabalho de acolhimento teve início às 6h30m e contou com18 funcionários da secreteria. Depois de identificados, os usuários de drogas foram encaminhados em seis vans para os abrigos da prefeitura. Os adultos irão para a unidade de Paciência e os adolescentes, para a Central de Recepção Carioca, no Centro.

A ação, coordenada por psicólogos, assistentes e educadores sociais, também teve o apoio de três carros da Delegacia da Criança e do Adolescente Vitimado (Decave) e de profissionais da 4ª Coordenadoria de Assistência Social (CAS) do município.

Logo depois da entrada das forças de segurança, a Secretaria municipal de Assistência Social recolheu 104 usuários de crack no entorno das comunidades. Entre eles, 15 eram menores, que foram levados para unidades de acolhimento da prefeitura. O trabalho foi realizado por 70 funcionários da secretaria, entre assistentes sociais, educadores e psicólogos. A secretária municipal de Assistência Social, Fátima Nascimento, diz que uma política sistemática para desintoxicação de usuários de drogas foi implementada pelo município em março do ano passado.

Horas antes da entrada dos policiais, os usuários haviam deixado as ruas. Muitos se deslocaram para a Favela Parque Alegria, no Caju, e para pontos isolados da Avenida Brasil. No entanto, dez horas após a retomada do território, eles já voltavam a ocupar a linha férrea que passa pelas favelas.

Para secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o problema causado pelo crack nas grandes cidades do país é "muito sério". Ele disse, que, num primeiro momento, a questão deve ser encarada como prioritária pela área de saúde pública:

"Não estou me isentando de responsabilidade, mas essa é uma ação especial, que depende de um trabalho amplo, ligando vários segmentos. Até o momento, 104 pessoas foram apreendidas nas cracolândias de Manguinhos e Jacarezinho. Não podemos prender essas pessoas. Elas são usuários e precisam de tratamento".

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