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Números

No Paraná, 438,9 mil pessoas foram impactadas pelas chuvas em 135 cidades, segundo o último balanço da Defesa Civil do estado. Dez pessoas morreram e outras cinco estão desaparecidas. Quase 14 mil tiveram que deixar suas casas.

Em Santa Catarina, foram 20 mil afetados em 31 municípios. Duas pessoas morreram e há 18 mil desalojados, de acordo com a Defesa Civil catarinense, em dados divulgados pelo Ministério da Integração.

R$ 2 bilhões

Na pior tragédia da história de Santa Catarina -- as enchentes de 2008 --, cerca de 1,5 milhão de pessoas foram afetadas, quase 79 mil ficaram desabrigados e 97 morreram. Na época, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva anunciou o envio de R$ 2 bilhões de ajuda ao estado.

Apesar de ter sido mais impactado pelas chuvas do fim de semana do que Santa Catarina -- 489 mil pessoas afetadas contra 20 mil -- o Paraná vai receber menos de 5% dos recursos do governo federal enviados ao estado vizinho.

A União liberou R$ 140 mil ao Paraná e R$ 3 milhões para Santa Catarina. A verba deverá ser usada para a reconstrução dos estados e para ajudar as vítimas das enchentes.

A liberação dos R$ 3 milhões a Santa Catarina foi anunciada nesta terça-feira após reunião entre o governador Raimundo Colombo (PSD), o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, e o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira. Os mesmos representantes da União se reuniram ontem com o governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e anunciaram a ajuda de R$ 140 mil.

A explicação, segundo a assessoria do Ministério da Integração Nacional, é de que os R$ 140 mil enviados ao Paraná serviriam apenas para a compra de cestas básicas, como medida emergencial que teria sido colocada como prioridade por Richa. Novos valores poderiam ser liberados nos próximos dias. O Ministério informou que está investigando a situação e que deve enviar um posicionamento oficial ainda nesta terça-feira.

Questionamentos

A diferença de valores liberados causou estranheza ao governo do Paraná. Segundo a assessoria do governo, na reunião de ontem Richa pediu todo tipo de suporte "operacional e financeiro" ao estado, mas, na reunião, o ministro disse que acertaria a ajuda para a reconstrução "depois".

Valdir Rossoni (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Paraná e aliado de Richa, enviou à imprensa uma nota em que questiona a diferença de tratamento. "Não posso aceitar calado este preconceito. Que o Governo Federal há muito vem tratando o Paraná com perseguição, isto é um fato público. Agora, porém, chegou ao limite o requinte da crueldade para com o povo trabalhador deste meu estado."

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