• Carregando...
 |
| Foto:

Na coluna Juntando os opostos e separando os semelhantes, propus uma generalização para o emprego do hífen em palavras compostas por prefixação. Vou retomá-la brevemente em três passos: 1) os opostos se atraem: autoescola, hiperinflação e neorromantismo; 2) os semelhantes se repelem: micro-ondas, arqui-inimigo e inter-racial; 3) o "h" não se junta com ninguém: super-homenagem, super-homem e hiper-hotel. Sempre devemos olhar para a última letra do prefixo e para a primeira da palavra após o prefixo. Em extraescolar, por exemplo, temos o encontro de duas vogais diferentes (a/e); em neorromantismo, o encontro entre uma vogal (o) e uma consoante (r). Nesse caso dobramos o "r" (rr) por estar entre duas vogais. O raciocínio vale para o "s" em construções do tipo antessala e autossugestão.

Agora vamos avançar um pouco mais, analisando alguns prefixos que merecem tratamento especial. Também nesses casos trabalhamos com generalização, com uma regra geral.

Alguns poucos, porém produtivos prefixos, sempre exigem hífen, independentemente da primeira letra do segundo elemento. Vamos acompanhá-los em três passos: 1) ex e vice: ex-presidente, vice-governador, ex-amante e vice-prefeito; 2) pré, pró e pós: pré-natal, pós-graduação e pró-africano; 3) aquém, recém, além e sem: aquém-oceano, recém-contratado, além-fronteiras e sem-terra.

Sobre os prefixos acima, chamamos a atenção para o fato de a maioria deles ser acentuada graficamente (pós e recém), o que pode nos ajudar bastante na hora de escrever.

Finalmente temos quatro prefixos que sempre se juntam, isto é, se aglutinam ao segundo elemento. São eles: re, co, pro e pre. Exemplos: reeleição, coordenar, coautoria, proativo, preaquecimento e preanunciar. Com essas regras bem gerais damos conta da maioria absoluta dos casos de hífen em palavras compostas por prefixação. Sim: faltaram alguns casos. Volto a eles em outra oportunidade.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]