O método que irmã Cristina implantou no Colégio Nossa Senhora de Sion, de Curitiba, em meados da década de 50 era totalmente diferente do sistema de ensino adotado na época em que ela era uma aluna da congregação, em Petrópolis, Rio de Janeiro. "Pela metodologia montessoriana não se pode classificar um aluno, como era feito com a entrega de fitões. Não punimos nem premiamos, o que a gente procura passar é o amor pelo saber, não pelos resultados em forma de notas", explica.
O Sion, segundo a diretora da escola, é o único colégio de Curitiba e um dos poucos brasileiros que adota a metodologia criada por Maria Montessori, no período pós Segunda Guerra Mundial. "Ele utiliza a educação pela arte para despertar a sensibilidade da criança, é menos formal", diz irmã Cristina. No Sion não há provas, as crianças preenchem fichários de matéria e os conceitos de rendimento escolar são baseados na auto-avaliação dos alunos. "Desde pequenos, eles são ensinados a se avaliarem, por isso são sinceros na avaliação. Cola e cópia é medo de nota", avalia a diretora, que está à frente da administração do colégio há 40 anos.
Completar 100 anos de fundação, avalia irmã Cristina, é o resultado da ligação das famílias com a escola. A Associação de Ex-Alunos do Sion tem cerca de três mil nomes cadastrados e costuma participar do dia-a-dia da escola. "Modernidade e equipamentos é algo que não diferencia as escolas por muito tempo. Nossa maior preocupação é com o gosto pela educação."
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