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Mais cinco ônibus foram incendiados em Belo Horizonte entre a noite de ontem e a madrugada desta segunda-feira (09). Em menos de duas semanas, dez ônibus já foram queimados na capital mineira e área metropolitana. A Polícia Civil vê relação entre os episódios e trabalha com a hipótese de que parte das ações foi ordenada de dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte.

Os ataques ocorreram após a mudança de direção da penitenciária de segurança máxima e a realização de uma varredura na unidade prisional, no último dia 25. Na ocasião, agentes penitenciários encontraram em poder dos presos 16 celulares, 24 chips e 14 armas brancas, além de maconha, cocaína e crack. Na mesma noite, dez adolescentes incendiaram um ônibus em Contagem.

Após o pente-fino, agentes teriam relatado que foram ameaçados de morte por detentos que alegam pertencer à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

"Coincidência ou não, após essa varredura começaram a colocar fogo em ônibus. Algumas ações nós achamos que partiram de dentro (do presídio)", disse ao Grupo Estado o delegado Islande Batista chefe do Departamento de Investigações de Crimes contra o Patrimônio da Polícia Civil mineira. O delegado, contudo, não descarta que outros atos tenham sido praticados por "aproveitadores".

Conforme a Polícia Militar, dois homens atearam fogo durante a madrugada de hoje em um coletivo suplementar da linha 82, que estava estacionado num posto de combustíveis, na Avenida Cristiano Machado, região leste da capital mineira.

Outros quatro ônibus suplementares foram incendiados na noite de ontem no bairro Dom Cabral, região noroeste de Belo Horizonte. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os veículos estavam dentro do pátio de estacionamento da empresa.

Batista evitou dar detalhes da investigação, mas disse que espera em breve encerrar o inquérito e esclarecer os crimes. Durante a investigação, uma mulher de 50 anos, acusada de tráfico de drogas, foi presa. Ela é mulher de Messias José Morais, um dos detentos da Nelson Hungria que se autointitula integrante do PCC e afirmou estar por trás de um dos ataques.

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que embora detentos se declarem integrantes do PCC, todos da unidade foram presos por crimes cometidos em Minas Gerais.

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