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São Paulo – Mais duas casas cujas estruturas foram abaladas pelo desabamento do canteiro de obras da linha 4-amarela do metrô que ocorreu no último dia 12, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), foram demolidas na madrugada de ontem. Os imóveis que estavam na Rua Capri não podiam ser recuperados, segundo o Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras. Desde o acidente, outros três imóveis da mesma rua foram demolidos.

Em nota, o consórcio informou que os cerca de 50 imóveis interditados no dia do desabamento continuarão fechados porque não há "condições de habitabilidade", ou seja, porque continuam sem água, energia elétrica e telefone.

O desabamento rompeu uma adutora da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e as redes elétrica e de telefonia. Não há previsão para conserto, uma vez que o trânsito dos técnicos na região do acidente continua restrito. Os moradores dos imóveis interditados – cerca de 120 pessoas – estão abrigados em hotéis pagos pelo consórcio.

De um total de 69 vistorias realizadas logo após o desabamento na obra, 55 imóveis haviam sido interditados, dos quais 13 foram condenados – 3 deles acabaram demolidos. Outros 14 imóveis foram liberados.

As novas vistorias devem ser visuais, como as realizadas no dia do acidente, porém mais detalhadas, de acordo com a Defesa Civil do município. Cerca de 80 famílias foram cadastradas pelo Metrô e levadas para hotéis da região de Pinheiros no dia do acidente. Muitos dos imóveis pode ser liberados, já que estavam interditados devido ao risco oferecido pela operação de desmonte da grua que estava junto à cratera, já concluída.

Indenizações

A Defensoria Pública se reuniu na segunda-feira com representantes da seguradora e do Consórcio Via Amarela para estabelecer diretrizes para o pagamento das indenizações às vítimas.

Com o desabamento na obra, uma cratera se abriu no local e engoliu veículos, entre eles um microônibus com quatro ocupantes.

A Secretaria de Justiça criou uma câmara de mediação e conciliação para a realização de possíveis acordos. As famílias dos seis mortos no acidente e das pessoas atingidas que solicitaram a intermediação da defensoria serão patrocinadas pelo órgão nas audiências. Na reunião a seguradora apresentou parâmetros para fixação das indenizações, que ainda serão discutidos com as famílias.

De acordo com o órgão, as indenizações serão de danos emergentes: o que se efetivamente perdeu; lucros cessantes; o que se deixou de ganhar; e por danos morais.

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