No Paraná, programa beneficia 2,9 milhões
Em visita a Curitiba nesta segunda-feira (30), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou dados do primeiro ano do programa Mais Médicos no Paraná.
Segundo ele, o estado recebeu 866 médicos do programa, que atuam na atenção básica de saúde em 308 municípios e um distrito indígena. Os beneficiados chegaram a 2,9 milhões.
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (30) que o Programa Mais Médicos superou a meta de cobertura e beneficia, atualmente, 50 milhões de pessoas em todo o país. O número inicial estipulado era chegar a 46 milhões de brasileiros. Segundo ela, todos os pedidos de prefeitos por médicos para suas cidades foram atendidos. O Mais Médicos está presente em 3.819 municípios. São 14.462 médicos (brasileiros e estrangeiros) atuando em postos de saúde no Brasil.
"O Mais Médicos é uma das nossas ações que aumenta a capacidade de atendimento do SUS [Sistema Único de Saúde]. Muitas cidades não tinham sequer um médico. A pessoa que precisasse de atendimento tinha que se deslocar para outra cidade, às vezes, a dezenas e dezenas de quilômetros de distância de carro, de ônibus e até mesmo de barco, algumas iam a pé."
No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma também comentou pesquisa do Ministério da Saúde que aponta redução de 21% no número de encaminhamentos a hospitais feitos por postos de saúde onde há atuação de profissionais do Mais Médicos.
"Quando a gente trata o problema de saúde lá na base, lá no posto de saúde do bairro, a gente trata as doenças no início. Assim, você consegue controlá-las e até curá-las. E isso desafoga os hospitais e os serviços de urgência. Com o Mais Médicos, conseguimos reduzir em 21% o número de encaminhamento aos hospitais. Os centros mais especializados de saúde estão cada vez mais atendendo apenas os casos mais graves."
Dilma também destacou que a oferta de vagas em cursos de medicina está aumentando. O programa prevê a criação de 11,5 mil vagas em cursos de graduação de medicina até 2017. Para residência médica, quando um profissional se especializa em determinada área da medicina, por exemplo, em pediatria, ortopedia, neurologia, cardiologia ou pneumologia e ginecologia serão criadas mais 12,4 mil vagas até 2018. "Uma coisa importante é que a maior parte dessas vagas está também sendo criada em cidades do interior. Essa é uma estratégia fundamental para fixar os médicos na própria região onde são formados. Isso faz parte do nosso esforço de descentralizar a graduação e a especialização de médicos, que antes só se formavam nos grandes centros urbanos, em especial nas regiões Sul e Sudeste."
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