Mais quatro corpos são resgatados de barco no Pantanal

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Os corpos de mais quatro passageiros de um barco-hotel que naufragou no Rio Paraguai, na região do Pantanal, em Mato Grosso do Sul, foram encontrados ontem, até o fechamento desta edição. Ainda havia sete turistas desaparecidos, de acordo com o Corpo de Bombeiros. A embarcação naufragou na tarde de quarta-feira, depois que ventos de 93 km/h atingiram o município de Porto Murtinho.

Um corpo foi retirado do interior da embarcação por mergulhadores, e os demais foram localizados boiando no rio.Um deles estava a dois quilômetros do local do naufrágio. Todos as vítimas encontradas ontem são homens, mas a identidade deles ainda não foi revelada. Até quinta-feira, outros três corpos haviam sido resgatados da embarcação, uma chalana paraguaia que viajava com turistas brasileiros. Ainda não se sabe se a embarcação paraguaia estava em situação regular.

As vítimas foram identificadas pelos turistas que sobreviveram ao acidente como moradores de cidades do norte do Paraná. O município de Alvorada do Sul, onde vivia a maior parte dos passageiros, decretou luto oficial de cinco dias.

Ao todo, 20 mergulhadores brasileiros e paraguaios estão participando da operação de busca, com apoio da Marinha do Brasil. O barco-hotel "El Sueño del Pantanal" tinha bandeira paraguaia e, momentos antes do naufrágio, levava 16 turistas e 11 tripulantes de volta para o cais, após um dia de pesca. Do total de 27 passageiros, 13 conseguiram se salvar, dos quais cinco são turistas e oito, tripulantes.

Por volta de 18h30 de quarta, uma tempestade com ventos fortes atingiu a região. O barco virou e afundou rapidamente em um trecho do rio onde a profundidade pode chegar a 20 metros, segundo a Prefeitura de Porto Murtinho (MS), cidade próxima ao local do acidente. Segundo o Corpo de Bombeiros, as condições do rio, que tem águas turvas e correnteza forte, dificultam os trabalhos de resgate.

Meteorologistas não descartam que a cidade de Porto Murtinho possa ter sido atingida por um tornado, devido à forma como a tempestade e as rajadas de vento se formaram.