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O Ministério Público denunciou, na última sexta-feira (21), o homem conhecido como o "maníaco de Guarulhos", por ser responsável por mais uma morte. Até então, ele já era apontado pelo MP como assassino de quatro mulheres, entre 2007 e 2008. Ele já tinha sido condenado, em julho, pela Justiça de São Paulo a 18 anos de prisão pela morte de Gisele Cabral de Souza em agosto de 2008.

A nova denúncia é resultado da investigação sobre a morte de uma estudante no dia 22 de maio de 2008. A jovem foi violentada e estrangulada dentro de um trailer abandonado próximo a rodovia Hélio Smidt, na região do aeroporto de Guarulhos.

Em março deste ano, a polícia concluiu que o crime tinha autoria desconhecida porém, ao perceber semelhanças com outros crimes supostamente cometidos pelo "maníaco de Guarulhos", o promotor Rodrigo Merli Antunes, pediu que a perícia comparasse o esperma retirado do corpo da estudante com o material colhido nas outras vítimas pelas quais o acusado era julgado.

O laudo comprovou que todas as mulheres tinham sido violentadas por um único homem, de forma que o Ministério Público entendeu que o suspeito também tinha cometido os crimes contra a estudante. Ele foi denunciado por estupro e homicídio duplamente qualificado - motivo torpe e cometido por asfixia.

Julgamento

No julgamento feito em julho deste ano, a acusação afirmou que o acusado atacou Gisele no estacionamento de um estádio esportivo de Guarulhos com intenção de matá-la. Ele teria sufocou a jovem até a morte.

O juiz que presidiu o julgamento afirmou na sentença que "os fatos demonstram que o acusado possui uma personalidade agressiva, covarde, dissimulada, deturpada, irresponsável e voltada à prática delitiva" e destacou ainda que "o crime como ocorreu demonstra a disposição do agente para a sua prática."

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o primeiro crime creditado ao homem ocorreu em 7 de setembro de 2007, quando uma mulher foi morta no Jardim Adriana. No final daquele mês, outra vítima foi morta em uma viela do bairro Vila Rio. A terceira vítima teria sido assassinada no final de maio de 2008 e a quarta, no dia 26 de agosto de 2008.

Ainda de acordo com a denúncia, o acusado decidiu matar as jovens por considerá-las promíscuas e usuárias de drogas. Ele abordava as vítimas individualmente e, após oferecer drogas, levava as jovens para locais ermos, onde as espancava e, depois, as estrangulava. Em seguida, despia a vítima e mantinha relações sexuais com o cadáver.

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