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Começou em confronto hoje (27) mais um ato contra o governador do Rio, Sérgio Cabral, na zona sul da capital. O protesto que reunia 60 pessoas na Praça do Largo do Machado pretendia seguir até o Palácio Guanabara, sede do governo estadual. Contudo, logo no início, às 19h, manifestantes discutiram com policiais que haviam detido um manifestante que estava com o rosto coberto.

O tumulto começou quando um rapaz impediu que a polícia revistasse a sua mochila e se negou a retirar a máscara que usava. Um policial foi cercado por manifestantes e para dispersá-los homens do Batalhão de Choque dispararam contra as pessoas balas de borracha e uma bomba de efeito moral.Uma manifestante, atingida na cabeça por um tiro de bala de borracha, foi levada por socorristas para um hospital. Revoltados, os manifestantes revidaram com pedras. O comércio nas cercanias do Largo do Machado fechou as portas.

Há um grande contingente de policiais acompanhando o protesto nas ruas da região. O grupo de manifestantes segue agora para o Palácio Guanabara.

Protestos recorrentes

Tornaram-se rotineiros os atos que exigem a renúncia do governador Sérgio Cabral (PMDB), opção descartada pelo político. Devido às pressões, o peemedebista desistiu de utilizar diariamente um helicóptero do Estado para percorrer os menos de menos de 10 quilômetros que separam sua casa do Palácio Guanabara, ambos na zona sul da capital fluminense.

A Folha de S.Paulo revelou que o gasto anual com operações aéreas da Subsecretaria Militar, responsável pela frota que atende as autoridades estaduais, é de R$ 9,5 milhões, incluindo combustível, seguro e aula para pilotos. Sete helicópteros atendiam ao governador, vice, secretários e presidentes de autarquias estaduais.

"Foi um erro administrativo", diz Cabral sobre passeio pago pelo EstadoEm junho, o procurador-geral de Justiça do Rio, Marfan Martins Vieira, instaurou procedimento para "[apurar o uso]" dos helicópteros. De acordo com a revista "Veja", as aeronaves transportaram os filhos de Cabral, babás e até o cachorro da família, Juquinha. Também foram usadas, segundo a reportagem, por empregados pessoais do governador em viagem à casa de veraneio do político.

Amarildo

Os manifestantes que vão às ruas frequentemente exigem saber o que aconteceu com Amarildo Dias de Souza. O ajudante de pedreiro e morador da comunidade da Rocinha desapareceu em 14 de julho, no Rio. Amarildo foi visto pela última vez sendo levado por recrutas da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) à sede da unidade, no alto da favela. As câmeras de segurança localizadas diante da sede da UPP estavam queimadas no dia em que o assistente de pedreiro foi levado. A família de Amarildo diz acreditar que ele está morto.

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