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Centenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) tomaram por mais de uma hora, na manhã desta quinta-feira (15), a Rua Doutor Faivre, onde fica a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Até as 12h30, cerca de 500 militantes ficaram concentrados do lado de fora do prédio, enquanto outros 100 acompanhavam uma reunião, solicitada pelo movimento com o objetivo de definir a situação de cerca de cinco mil famílias – que correspondem a cerca de 20 mil pessoas – que atualmente estão acampadas no estado. O MST cobra assentamentos para todos os acampados.

Segundo o Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), a rua ficou interditada desde as 11h15, quando os militantes chegaram ao local. Após deixar a rua, os sem-terra seguiram de ônibus para o alojamento de ônibus, não causando mais transtornos ao trânsito.

De acordo com a assessoria de imprensa do MST, por volta das 9 horas, os militantes partiram em marcha do Ginásio Professor Almir Nélson de Almeida, no Tarumã, onde estão alojados, em direção à sede do Incra. O trânsito precisou ser bloqueado, inclusive na região central, conforme os manifestantes passavam pelas ruas. Os integrantes do movimento que participavam efetivamente da reunião foram até o prédio de ônibus.

A reunião no Incra deve se estender por toda esta quinta. No período da manhã, seriam debatidas as condições dos acampados das regiões Centro, Sul e Sudoeste do Paraná. Durante a tarde, o encontro abordaria os acampamentos do Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste do estado.

Ao longo da semana, o MST promoveu outras ações em Curitiba. Na quarta-feira (14), o comando do movimento se reuniu com lideranças da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Banco do Brasil e da Secretaria de Estado de Educação, para cobrar mais apoio e infraestrutura aos acampamentos e assentamentos. Os militantes também participaram de uma passeata que cobrava o afastamento do deputado Nelson Justus (PMDB) da presidência da Assembleia Legislativa. Na ocasião, os manifestantes derrubaram o portão do prédio e ocuparam o saguão da Casa de Lei.

Na terça-feira (13), os militantes promoveram uma passeada, chamada de Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, para relembrar o massacre de Eldorado de Carajás (PA), ocorrido em 1996, e para cobrar mais agilidade na implantação da reforma agrária. No restante do país, o MST deu sequência à mobilização conhecida como Abril Vermelho. Em São Paulo, houve invasão de cinco prédios públicos na capital e três fazendas no interior foram ocupadas. Em Pernambuco, 16 ocupações foram feitas neste mês.

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