800 pessoas ignoram o frio para protestar
Apesar do frio de 10°C, o 4º Ato pela Redução da Tarifa de Ônibus de Curitiba reuniu cerca de 800 pessoas na noite de ontem. A manifestação teve início na Boca Maldita e terminou em frente do prédio da Câmara Municipal, na Praça Eufrásio Correia, aos gritos de "A Fifa não paga a minha tarifa" e "Fruet, a culpa é tua, o povo tá na rua". Pacífica durante todo o trajeto (fotos), a passeata terminou com a detenção de três pessoas, duas delas suspeitas de explodirem uma caixa de correio e uma por ter depredado, na noite de segunda-feira, um ônibus. Mesmo com a diminuição na quantidade de participantes, os protestos ainda contam com o apoio de quem só estava de passagem pelo centro da cidade. "As manifestações não podem parar, porque ainda há muito o quê melhorar. A saúde pública está um caos", reclamou o aposentado Luiz Augusto do Carmo, 74 anos.
Belo Horizonte
Um menino de 12 anos foi atingido na cabeça por um tiro disparado por um policial militar aposentado na noite de segunda-feira em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. O homem estava incomodado com os barulhos de uma manifestação que pedia melhoria na coleta de lixo. O jovem está internado em estado grave.
Pará
Cerca de 800 manifestantes do Movimento dos Atingidos por Barragens e de sindicatos invadiram ontem os prédios da prefeitura e da Câmara Municipal de Tucuruí, no sudeste do Pará.
Espírito Santo
Um grupo de 500 manifestantes invadiu o plenário da Assembleia Legislativa do Espírito Santo ontem depois que os deputados suspenderam a votação do decreto que acaba com o pedágio na Terceira Ponte, entre Vitória e Vila Velha.
São Paulo
Cerca de mil manifestantes invadiram a Câmara de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) às 18h30 de ontem pedindo melhores condições no transporte público, saúde e educação de qualidade.
Bahia
Centrais sindicais realizaram pequenos protestos ontem de manhã em aeroportos de São Paulo, Fortaleza, Salvador e Porto Alegre. Na Bahia, os manifestantes distribuíram pimentas. O ato foi convocado pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), ligada ao PCdoB.
Rio de Janeiro
O grupo de manifestantes acampados em frente ao edifício onde mora o governador Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro, foi expulso pela Polícia Militar na madrugada de ontem. À tarde, moradores das 16 favelas do Complexo da Maré protestaram contra a violência policial na região. O movimento teve a adesão de sociólogos e especialistas da área de segurança pública de faculdades particulares e públicas do Rio.
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