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Os cerca de cem agricultores que ocupavam desde a manhã de quarta-feira a sede do Instituto Lula, em São Paulo, começaram a deixar o local no início da tarde de ontem. A desocupação, foi decidida em uma assembleia sem a interferência do comando do instituto. Desde o início da ocupação, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não apareceu no local.

O grupo queria que Lula intercedesse por eles junto à presidente Dilma Rousseff para que assine um decreto de desapropriação por interesse social da área em que vivem entre Americana e Cosmópolis (interior de São Paulo). Os agricultores foram notificados por um oficial de Justiça para desocuparem o local, que é alvo de uma disputa judicial, até o dia 30 deste mês.

Dissidentes do MST e militantes de partidos como PSol e PSTU, além de sindicalistas, invadiram o prédio por volta das 6h30m de quarta-feira e se instalaram no local por cerca de 32 horas. Ontem, após deixar o imóvel, seguiram para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em São Paulo, onde está o presidente do órgão, Carlos Guedes.

Os manifestantes não foram recebidos pelo ex-presidente Lula que por meio de interlocutores, afirmou que concordava com o pleito dos manifestantes, mas não com o método usado por eles de ocupar uma entidade civil. Enquanto os manifestantes decidiam sair do instituto, Lula estava no Rio de Janeiro, a convite do empresário Eike Batista, visitando as obras do Porto de Açu.

Sem danos

O Instituto Lula informou ontem que o prédio de sua sede não sofreu "dano material" após a ocupação. Em nota, a instituição disse reiterar sua solidariedade às famílias. "Lamentamos, todavia, que o instituto tenha sido colocado como parte de um problema que não está na sua alçada."

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