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Aproximadamente cem moradores do Balneário de Pontal do Sul, no município de Pontal do Paraná, no Litoral do Paraná, fecharam a PR-412 por quase três horas na tarde desta quarta-feira (9) para protestar contra o fechamento da unidade de saúde do balneário. A rodovia já tinha sido fechada no período da manhã entre 9 e 12 horas.

A rodovia foi fechada na tarde desta quarta-feira, por volta das 14 horas, e moradores afirmaram que a rodovia seria liberada quando um representante da prefeitura for até o local para tratar da questão. O protesto terminou por volta das 16h40, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRE).

O congestionamento no local chegou a 4 quilômetros, por volta das 16 horas. Mas, por volta das 17h15, o tráfego fluia normalmente na rodovia, de acordo com a PRE.

Os manifestantes afirmaram que o posto de saúde de Pontal Sul abre somente durante a temporada de verão. Fora desse período, os moradores precisam se deslocar até a unidade de Praia de Leste e, em alguns casos, até Paranaguá.

Segundo os moradores, outros problemas enfrentados pela população são a falta de médicos nas unidades de saúde do município e a demora para conseguir atendimento. "Meu pai teva uma crise asmática e teve que ir para Paranaguá. Se tivermos uma emergência, a pessoa pode morrer até chegar lá", afirmou Patrícia dos Santos, uma das moradoras de Pontal do Sul que participou do protesto.

Já a prefeitura de Pontal do Paraná afirmou que o protesto é eleitoreiro e que a questão que tem sido discutida com representantes da comunidade diz respeito aos postos 24 horas de Praia de Leste e de Shangri-la.

De acordo com a procuradora-geral do município, Virgínia Mara Pedroso, o município não tem verba para manter dois postos 24 horas abertos fora da temporada. Sendo assim, apenas o de Praia de Leste fica aberto nos outros nove meses do ano. "A exigência para municípios com até 50 mil habitantes é ter uma unidade de saúde 24 horas", afirmou a procuradora. A cidade de Pontal do Paraná tem aproximadamente 20 mil habitantes.

Virgínia disse que os dois postos 24 horas funcionam na temporada porque o governo do estado envia profissionais de saúde para trabalhar na unidade e verba para tal. Para que as duas unidades funcionem fora da temporada, a prefeitura propôs diminuir a verba da Câmara de R$ 2 milhões por ano para 1,7 milhão e aguarda o retorno dos vereadores.

A procuradora disse ainda que a prefeitura não enviaria representantes ao protesto. "A prefeitura está aberta para conversar com pessoas que sejam, verdadeiramente, representantes dos moradores", afirmou.

A população promete fazer uma nova manifestação na quinta-feira (10), em Praia de Leste. O protesto deve ocorrer em frente à Escola Municipal Ezequiel Pinto da Silva, que deve receber a visita de autoridades do município nesta quinta-feira.

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