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Brasília – Cerca de 500 manifestantes de diferentes movimentos sociais invadiram, na manhã de ontem, o Ministério da Integração Nacional, em Brasília. Na ação, quebraram uma porta de vidro. Algumas pessoas ficaram feridas e um manifestante foi preso. O grupo, acampado desde o início da semana em Brasília, protesta contra projeto de transposição das águas do Rio São Francisco.

Em meio a bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), os manifestantes levavam um caixão e rezaram pelo "morto", que seria o projeto. O MST nega, no entanto, participação no ato.

O militante Roney Vágner da Silva Fonseca, morador de Taguatinga, feriu a mão durante o protesto e foi levado para a Polícia Federal por ter danificado prédio de um órgão federal.

O destino final da passeata foi a Câmara dos Deputados, onde a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável realizava audiência pública para debater o projeto.

Embora a transposição das águas do Rio São Francisco, uma das prioridades do governo Lula, ainda não tenha a autorização do Ibama para ser iniciada, foi lançado na segunda-feira o edital de licitação para a primeira etapa das obras: a construção dos canais interligando o eixo norte-sul.

Reforma agrária

Nesta quinta-feira, o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, afirmou que a transposição do rio pode ajudar na reforma agrária do país.

"Esse trabalho vai beneficiar muito a reforma agrária porque na regularização fundiária que tem de ser feita ao redor dessas obras e ao lado dos rios, tem muita terra devoluta. São centenas de famílias de pequenos posseiros, agricultores familiares que vivem há séculos naquela região e não têm nenhum documento" disse Hackbart.

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