Sem ainda ter conseguido engrenar, os protestos contra o aumento da tarifa em Curitiba terão semana decisiva a partir desta segunda-feira (15). Organizadas pelos movimentos “R$ 3,70 nem tenta” e “Frente de Luta Pelo Transporte”, as manifestações ocorrerão durante toda a semana – sempre a partir das 18 horas, com concentração na região da Boca Maldita, no Centro da capital.
Na noite de segunda, cerca de 30 manifestantes se reuniram na Boca Maldita e seguiram até a Praça Tiradentes, onde entraram em um tubo e entregaram panfletos aos usuários do transporte coletivo questionando o aumento da passagem de R$ 3,30 para R$ 3,70. O protesto durou cerca de 1 hora e 10 minutos. A organização informou que, nesta terça-feira (16), a concentração será na Praça Rui Barbosa, também a partir das 18 horas.
A pauta principal desses dois grupos é revogar o aumento de R$ 0,40 na tarifa do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana, válido desde 1.º de fevereiro. Eles já haviam protestado contra esse reajuste antes mesmo de dele se concretizar e também nos dois dias subsequentes ao anúncio. No ato do último dia 2, cerca de 300 pessoas marcharam da Boca Maldita até a sede da prefeitura de Curitiba. Houve bloqueio de algumas vias e casos de atropelamentos.
Mas assim como ocorre em outras capitais, a adesão aos protestos contra a alta do transporte coletivo em 2016 tem sido menos intensa do que em anos anteriores. A ação foi batizada como “Semana de Luta 3,70 Nem Tenta”.
Adolph Fisher, um dos organizadores dos protestos, credita a baixa adesão ao período de recesso do carnaval. “Não a festa em si, mas os dias de recesso acabaram atrapalhando bastante porque eles funcionam como um lapso nas atividades de panfletagem”. Segundo Fischer, a ideia de se reunir durante toda a semana é para aumentar a intensidade das adesões com o passar dos dias.
Já Felipe Barreto, presidente da União da Juventude Socialista, acredita que a pauta exclusiva do transporte esteja por trás da baixa adesão em 2016. “Em 2013, foi uma luta ampla que se massificou de fato quando São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre tiveram casos de violência policial. Aqui e em Curitiba começou como um ato de solidariedade a essas capitais”.
Audiência com Fruet
No último sábado (13), durante a realização da 1ª Conferência Municipal de Direitos Humanos, integrantes dos grupos que tentam revogar o aumento da tarifa e participavam da conferência falaram com Gustavo Fruet. Segundo eles, o prefeito se comprometeu a recebê-los para tratar do assunto. A promessa ainda não tem data para ser concretizada.
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