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Desaparecidos são lembrados em Copacabana: A ONG Rio de Paz realizou ontem um ato na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em protesto contra os casos de desaparecimento não esclarecidos no estado. Parentes do pedreiro Amarildo Souza, que desapareceu em 14 de julho após ter sido levado por PMs à UPP da Favela da Rocinha, também participaram do ato. Dez manequins cobertos com um tecido branco foram espalhados nas areias da praia, simbolizando os casos de desaparecimentos na cidade | Tânia Rêgo/ABr
Desaparecidos são lembrados em Copacabana: A ONG Rio de Paz realizou ontem um ato na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em protesto contra os casos de desaparecimento não esclarecidos no estado. Parentes do pedreiro Amarildo Souza, que desapareceu em 14 de julho após ter sido levado por PMs à UPP da Favela da Rocinha, também participaram do ato. Dez manequins cobertos com um tecido branco foram espalhados nas areias da praia, simbolizando os casos de desaparecimentos na cidade| Foto: Tânia Rêgo/ABr

Cerca de 2 mil manifestantes se reuniram na tarde de ontem na Cinelândia, região central do Rio, seguiram em passeata até o Ministério Público Estadual, depois até a Assembleia Legislativa e finalmente à Câmara Municipal, no centro da cidade. Alguns manifestantes tentaram invadir a Casa, mas foram impedidos pelos policiais militares, que formaram um cordão de isolamento e, até as 21h30 de ontem, não haviam recorrido a bombas nem balas de borracha.

Cerca de 50 ativistas conseguiram furar o bloqueio e entrar na Câmara, onde pretendem acampar. A maioria dos manifestante permanecia ao redor da Câmara. O grupo que está no interior da Casa exige a presença de advogados e de integrantes do grupo Mídia Ninja, que transmite as manifestações ao vivo pela internet.

O grupo protestava contra o Decreto Esta­­du­­al 44.305/2013, que criou a Comissão Especial de In­­ves­­tigação de Atos de Vandalismo em Mani­­festações Públicas (CEIV). Trezentos policiais de três batalhões acompanharam o ato, e ruas da região foram interditadas. Um grupo de 40 pessoas mascaradas, integrantes do grupo Black Blocs, que defende a prática de atos de depredação, participava do ato.

O estudante Tiago Barreto, de 18 anos, foi detido pela PM quando segurava uma pedra. Segundo a polícia, ele fez menção de jogar a pedra contra os policiais. Tiago disse, por sua vez, que havia sido atingido pela pedra e por isso a pegou. O decreto do governador Sérgio Cabral (PMDB) foi criticado por juristas porque atribuiria à comissão o poder de quebrar o sigilo de pessoas investigadas por suspeita de envolvimento em atos de vandalismo.

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