• Carregando...

Uma manobra brusca, no último sábado, foi motivo de espanto para os passageiros do vôo 1851 da Gol, que fazia a rota Foz de Iguaçu até Curitiba. "O avião estava dando início ao procedimento de pouso quando teve de mudar o percurso para desviar de uma outra aeronave", relata o passageiro e advogado Eduardo Gomes, que teria avistado o avião "intruso". A ocorrência foi confirmada por outros três passageiros como um quase-acidente.

De acordo com o empresário Jean Lebouis, que também estava no vôo, os passageiros ficaram muito assustados. "Não enxerguei o outro avião porque estava sentado na poltrona do corredor, mas era perceptível que algo de errado estava ocorrendo", afirma.

Lebouis se diz aliviado quando lembra do acidente com o Boeing 737 da Gol, que no último dia 29 de setembro colidiu com um jato Legacy em pleno ar. "A posição das aeronaves era semelhante ao do desastre da semana passada. De repente, outro avião entrou na rota e o comandante precisou desviar", conta. Após a manobra, os quatro passageiros entrevistados afirmam que o piloto responsável pelo vôo informou, pelo sistema interno de comunicação, o motivo da alteração brusca do trajeto. "Ele disse que um avião particular, que teria saído do aeroporto do Bacacheri, estava na mesma altitude, o que motivou o movimento brusco", afirma o advogado Lúcios Oliveira.

Outro passageiro – que não quis ser identificado – explica que, quando o avião arremeteu o pouso, a impressão que dava era de que a aterrissagem seria realizada em outra localidade. "Foi um episódio assustador e ao mesmo tempo muito rápido. No início ninguém sabia ao certo o que estava ocorrendo. O avião deu uma volta de aproximadamente 10 minutos até conseguir retornar à rota normal", relata.

O advogado Eduardo Gomes diz ter questionado as comissárias sobre o caso. "Elas tentaram amenizar a situação e disseram que não havia riscos de acidente", explica. Não houve pânico entre os passageiros após a manobra, mas, segundo Lebouis, o burburinho foi geral. "Todos comentaram com preocupação o caso. Poderia ter resultado em um segundo desastre aéreo, só que desta vez em Curitiba."

A Infraero de Curitiba e o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II) – responsável pelo tráfego aéreo da região –, afirmaram desconhecer o episódio. Na Infraero, o supervisor de plantão, Elisvaldo Dionísio Silva, disse que até as 19 horas deste domingo não havia nenhum registro sobre o caso. Já o tenente Sérgio, oficial do dia responsável pelo Cindacta II, informou que não poderia responder sobre o assunto até o fechamento da edição do jornal. A Companhia Aérea Gol foi procurada mas não deu retorno à reportagem da Gazeta do Povo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]