Mapa inteligente combate a dengue

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Os casos de dengue tipo 4 e o avanço da doença ano a ano – são 4.007 municípios infestados e 254.734 notificações de dengue clássica no primeiro trimestre deste ano, segundo o Minis­­tério da Saúde – fizeram com que a Empresa Brasileira de Engenha­­ria de Computação (Ebecom), de Curitiba, desenvolvesse um site para apontar possíveis focos do mosquito da dengue.

O site Mapa da Dengue (www.mapadadengue.com.br), que mapeia todos os estados do Brasil e opera na linha "mapa inteligente", trabalha com o um sistema chamado de LBS (baseado em localização) e com o conceito de user generated, ou seja, é o usuário quem aponta locais possivelmente problemáticos.

"Qualquer um pode indicar áreas de proliferação e detalhar se há pneus no terreno ou uma piscina abandonada", diz o diretor comercial Clayton de Souza Silva.

O internauta acessa o site, clica na cidade desejada e digita o endereço que deseja cadastrar. Depois, é só ir para o atalho "área de risco" e registrar o endereço com as devidas observações, me­­lhorando, e muito, as políticas de combate.

No mapa do estado ou cidade, o usuário consegue ver locais já marcados (com um ícone amarelo) e verificar o endereço da rua cadastrada. Curitiba tem cinco pontos já indicados, com detalhes sobre o local, como, por exemplo, se é um terreno baldio.

O diretor comercial acredita que os relatórios gerados pela comunidade podem auxiliar as autoridades de saúde, direcionando as visitas.

Sistema GPS

Outra vantagem é que o sistema também tem GPS e pode ser usado no celular. Com isso, é possível traçar uma rota com um número específico de pontos na cidade para serem visitados por dia, apesar do risco de um usuário cadastrar um foco de dengue falso pelo site.

"Os locais colocados na pá­­gina previamente ajudariam no monitoramento e também le­­variam o agente a um local com um provável foco. Ele perderia menos tempo", acredita o diretor comercial.

O modelo do Mapa da Den­­gue já foi premiado em um concurso internacional de softwares e pode ser usado para mapear outras doenças de grande proliferação, conforme explica Silva. "Sistemas baseados em localização são eficientes e auxiliam o trabalho de campo."

Gripe

Há outras iniciativas semelhantes ao mapa no próprio Google. O braço filantrópico do site (google.org) criou em 2009 – ano da gripe H1N1 – o Google Flu, uma ferramenta de mapeamento que permite ver as ondas de gripe país por país. O site mostra também os estados onde o vírus da gripe está em atividade, que vai da escala mínima passando por baixa e moderada até alta. Para pontuar o grau da gripe, o Google se baseia nas buscas que são realizadas pelos internautas sobre a doença.

No site Health Map (www.healthmap.org) é possível ver quais são as doenças de maior prevalência em todos os países do mundo e verificar os alertas da última semana, além de ler notícias relacionadas, que ficam listadas na página.