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O governo do Maranhão informou na tarde desta quinta-feira (11) que 36 presos fugiram do CDP (Centro de Detenção Provisória) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, depois que um caminhão destruiu parte de um muro da prisão, na noite desta quarta (10).

Inicialmente, a Sejap (Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária) havia divulgado seis fugas.

O número foi contestado pelo Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão, que falava em 27 presos foragidos.

O governo do Estado fez uma recontagem nesta tarde e chegou aos 36. Todos foram identificados.

Segundo a Sejap, equipes estão nas ruas de São Luis em busca dos criminosos.

Eles fugiram por volta das 21h30 de quarta-feira, depois que um caminhão-caçamba roubado horas antes derrubou o muro dos fundos da prisão. Os detentos escaparam pelo buraco aberto no local. No momento da ação, 28 agentes faziam a segurança do presídio.

Segundo a pasta, houve troca de tiros e quatro presos ficaram feridos. Eles estão hospitalizados. Não há informações sobre o estado de saúde dos detentos. Um quinto já recebeu alta e voltou ao CDP.

Nesta tarde, Danley Rego da Conceição, 19, foi preso sob suspeita de participação na ação. Ele seria um dos seis homens que roubaram o caminhão às 19h30 desta quarta.

O motorista do veículo, que foi feito refém, não quis se identificar, mas disse à TV Globo do Maranhão que os criminosos mandaram apenas que ele "seguisse em frente".

Barbárie

Em dezembro do ano passado, um caminhão-reboque, também roubado, foi usado em uma tentativa de derrubar o muro do presídio. O veículo, porém, bateu na calçada e não chegou a atingir a prisão. O barulho chamou a atenção dos policiais, que conseguiram evitar a ação.

Pedrinhas, que tem capacidade para 402 detentos, mas abriga hoje 522, chamou a atenção de órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos pela quantidade de presos mortos -60, só no ano passado- e pela barbárie -alguns detentos foram decapitados e esquartejados pelos próprios companheiros de cela dentro do complexo, administrado pelo Estado.

Mesmo após apoio da Força Nacional de Segurança e pressão da Justiça brasileira e de entidades internacionais, Pedrinhas ainda convive com assassinatos, rebeliões e fugas.

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