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A Marcha da Maconha, protesto que pede a legalização da droga, acontece na tarde deste sábado (26) em São Paulo e pretende reunir cerca de 10 mil participantes. A organização do protesto diz que neste ano não comunicou a Polícia Militar sobre a manifestação e quer que a segurança seja feita pelos próprios participantes da marcha, que farão um cordão de segurança e isolamento.

A PM, no entanto, diz que estará presente, pois afirma que a segurança pública é de sua competência.

Uma das organizadoras, a jornalista Gabriela Moncau, 24, diz que o povo tem o direito de ocupar as ruas sem ser "tuteada pela polícia". Os organizadores do protesto, que vai começar às 14h no vão livre do Masp, pretendem fechar todas as faixas da avenida Paulista, na região central de São Paulo, e seguir até a praça Roosevelt, onde a marcha será encerrada. O trajeto do protesto, no entanto, será definido na hora.

Gabriela diz que a intenção de não chamar a PM é para evitar confrontos. "Muitas vezes nas manifestações a violência vem por parte da polícia. Queremos evitar isso pois o protesto é pacífico", afirma. Na página do evento da marcha criada no Facebook, mais de 11 mil pessoas tinham confirmado participação até esta sexta-feira (25).

A orientação dos organizadores é que nenhum participante leve substâncias ilícitas. A PM informou que os manifestantes serão detidos caso fumem maconha ou portem qualquer outro tipo de drogas.

De acordo com os organizadores, a marcha quer mudar a mentalidade da sociedade em relação ao "paradigma proibicionista das drogas". A convocação de manifestantes está sendo feita pela internet e também com panfletos distribuídos em pontos estratégicos, como na saída de estações do metrô.

Nesta semana também ocorreram vários eventos com debates e exibições de filmes em vários pontos da cidade.

A primeira marcha em São Paulo foi realizada em 2008, no parque Ibirapuera. Até 2011, a manifestação era sempre proibida pelo Tribunal de Justiça sob a justificativa de que fazia apologia ao uso de drogas. Os manifestantes, no entanto, foram às ruas, mas marcharam pelo direito à livre expressão.

O STF (Supremo Tribunal Federal), então, a liberou, avaliando que sua proibição infringia o direito de liberdade de expressão.

No ano passado, segundo os organizadores, foram mais de 10 mil participantes. A PM, no entanto, afirmou na época que apenas mil participaram. A última manifestação também terminou em confronto entre PMs e manifestantes.

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