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Limpeza de terrenos vazios faz parte da campanha “Vida sem Dengue” | Prefeitura de Maringá/Divulgação
Limpeza de terrenos vazios faz parte da campanha “Vida sem Dengue”| Foto: Prefeitura de Maringá/Divulgação

CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dengue, instaurada pelos vereadores de Maringá para investigar o trabalho de prevenção e tratamento da doença, deverá ser concluída na primeira quinzena de junho, conforme o relator da comissão, vereador Mário Verri (PT). Ele esteve presente durante alguns dos arrastões de limpeza e afirmou que a ação também será analisada na apuração da CPI. "Pude acompanhar e ver o que está sendo feito pela prefeitura, mas é nítido que a população também precisa cumprir o papel e colaborar, do contrário, o prejuízo é todo dela."

Mesmo com as baixas temperaturas, a dengue continua causando preocupação em Maringá, no Noroeste do Paraná. São 2.484 casos confirmados da doença neste ano, 7.306 notificados e três mortes causadas pela doença, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Na tentativa de controlar a epidemia, a prefeitura reuniu várias secretarias e lançou a campanha "Vida sem Dengue".

A intenção, segundo o secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi, é chamar a atenção da população e intensificar as atividades já realizadas pelas diferentes pastas. "Nós apenas batizamos um trabalho já desenvolvido ininterruptamente pelas secretarias. É para realmente alarmar a população, para que saiba que a dengue está presente em todo o município."

A união de esforços envolve as secretarias da Saú­de, Serviços Públicos, Meio Ambiente, Assuntos Comunitários e Assistência Social, além da diretoria de Fiscalização.

Após a identificação dos pontos de risco, feita por agentes ambientais, a equipe de fiscalização notifica os moradores quanto ao mato alto e lixo acumulado. Em paralelo, as outras secretarias trabalham orientando e fazendo a limpeza de terrenos vazios, fundos de vale, áreas públicas e casas, quando necessário.

Como resultado, já logo no primeiro dia da ação (14 de maio), 59 toneladas de lixo foram retiradas do quintal da casa de um casal de idosos, na zona norte da cidade. Foram necessários quatro caminhões e duas carretas para recolher todo o material.

Conforme a prefeitura, essa foi a terceira limpeza feita no local em menos de um ano. Apesar da reincidência, os dois não serão multados pelo acúmulo do lixo por serem tidos como "acumuladores", ou seja, guardam compulsivamente os objetos.

"Eles já estão sendo assistidos pelas secretárias de Saúde e Assistência Social. Nesses casos pontuais é preciso ajudar em vez de punir, pois falta entendimento dos problemas causados", acrescenta o diretor de fiscalização do município, Marco Lopes de Azevedo.

Em outro caso semelhante, na zona sul, os agentes contabilizaram 500 larvas do mosquito Aedes aegypti em meio a entulhos acumulados por um morador. Ele também não foi punido. A prefeitura já contabilizou outros 25 casos de acumuladores durante a campanha. "São os casos de reincidência que queremos eliminar", diz o secretário municipal de Saúde.

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