O senador Alvaro Dias (PSDB) revelou neste sábado (22), em entrevista coletiva concedida em Maringá, que esta é a última vez que pleiteia o cargo de governador do Paraná, cargo que ocupou entre 1987 e 1991. Caso não seja escolhido como candidato do PSDB, cuja vaga é disputada com o prefeito de Curitiba, Beto Richa, ou sofra derrota nas urnas em 2010, Dias diz que não fará novas tentativas de voltar ao Palácio do Iguaçu.

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"Eu não sei como estarei daqui a quatro anos em termos de opinião pública e acho que outros postulantes (ao governo estadual) surgirão. Este é o momento", disse o senador, depois de afirmar categoricamente que "esta é a minha última eleição de governador".

Ele descarta, no entanto, encerrar a carreira política nos próximos anos. O mandato que cumpre no Senado termina em 2014 e o tucano alega que, "pela idade e pela saúde" que tem, pode permanecer na vida pública por "20 anos ou mais."O senador se diz motivado para voltar a ser governador porque, quando ocupou o cargo, o país enfrentava uma série crise econômica, que limitava as gestões estaduais. "Eu governei no período da mais perversa crise financeira da administração pública brasileira, quando a inflação chegou a 80% por mês. Quero voltar ao governo em um tempo novo, diferente, de estabilidade econômica, onde é possível planejar."

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Apesar da vontade declarada de suceder Roberto Requião, o senador diz que não intensificará a agenda de visitas ao interior, como têm feito os demais pré-candidatos, inclusive o concorrente Richa. Dias fala que irá apenas participar dos compromissos já acordados e dos eventos coletivos do partido, como determinou a executiva nacional do PSDB.O próximo desses encontros deve ocorrer em setembro e colocará lado a lado Dias e Richa. Sobre a permanência do deputado Valdir Rossoni no comando estadual da sigla, o senador admite que preferia o ex-ministro Euclides Scalco, porque este teria condições de criar um palanque melhor para o candidato tucano à Presidência da República, possivelmente o governador paulista, José Serra.

Em relação ao irmão e também postulante ao cargo, Osmar Dias, o tucano reiterou que é nula a chance de ambos se enfrentarem no pleito.

Dias falou ainda que o Senado só conseguirá recuperar sua imagem na próxima legislatura, elogiou a decisão do colega Flávio Arns de solicitar desligamento do PT e reconheceu que a CPI da Petrobras, por ter maioria governista, encontrará dificuldades para avançar nas investigações sobre a estatal.

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