4,3% da população de Maringá tem ascendência nipônica

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Um estudo sobre a população japonesa em Maringá feito pelo Departamento de Estatísticas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento revela que a população nipônica da cidade é de 14.324 mil pessoas, divididas entre 4,5 mil famílias. O número corresponde a 4,3% do número de habitantes do município que é de 333.412. O Censo Nikkei foi divulgado nesta quarta-feira (5) durante apresentação oficial na prefeitura.

O levantamento aponta que 52% da população nipônica é do sexo feminino e 48% do sexo masculino. A idade média dos descendentes é de 40,12 anos e o número médio de filhos corresponde a 2,4 por família. Atualmente, segundo o censo, a geração dos nipônicos residentes em Maringá está dividida em issei 6,61% (imigrantes japoneses), nissei 35,45% (filhos de japoneses), sansei 37,72% (netos de japoneses), yonsei 13,79% (bisnetos de japoneses) e pessoas que não souberam informar a ascendência (6,42%).

As religiões praticadas pelos japoneses são diversificadas. Entre os nisseis, sanseis e yonseis a maioria é católica seguido pelos evangélicos e budistas. Já a maioria dos isseis pratica o budismo, outra parcela é adepta do catolicismo e uma parte menor é evangélica.

O estudo constatou também que 47% dos descendentes falam, compreendem ou escrevem o idioma japonês, sendo a geração nissei a que mais fala a língua. Quanto a escolaridade, os descendentes se distribuem da seguinte forma: ensino fundamental 31%, ensino médio 30,5% e no ensino superior 30%, os demais não informaram. As gerações nissei e sansei são as que possuem maior escolaridade, ou seja, maior concentração no nível superior.

Os descendentes nipônicos residem com maior concentração nas zonas 1, 5, 7 e 11. A profissão dos japoneses são as mais diversificadas possíveis: A concentração maior é de professores com 12%, professores 9% e aposentados com 12,6%.

Cerca de 150 recenseadores atuaram na pesquisa. O Censo Nikkei representa a última atividade das comemorações dos 100 anos de imigração japonesa no Brasil – Imin 100.

Segundo a professora do Departamento de Estatística da (UEM), Isolde Previdelli o estudo delineia a população e fortalece a cultura nipônica, muito inserida na cidade. "Também é importante para entender a organização da comunidade nikkei e sua importância cultural, econômica e social para Maringá", explica.

De acordo com o diretor geral da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Shudo Yasunaga, com base no estudo, "as entidades ligadas à comunidade e o poder público poderão desenvolver programas específicos para atender esas famílias."