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Márcio Canabrava preserva equipamentos antigos da época em que o local funcionava como alambique | Reprodução
Márcio Canabrava preserva equipamentos antigos da época em que o local funcionava como alambique| Foto: Reprodução

Veja imagens da fazenda na reportagem do Globo Rural

Um fazendeiro do município de Paraíso de Norte, no Noroeste do Paraná, transformou a propriedade num museu a céu aberto. Márcio Canabrava preserva equipamentos antigos da época em que o local funcionava como alambique.

O alambique centenário descansa debaixo da sombra de uma figueira gigantesca. São engrenagens de ferro que, por anos, produziram cachaças. Foi a paixão de Márcio Canabrava pela profissão do pai que manteve tudo isso na propriedade. A família mineira foi plantar café no Paraná e acabou perdendo tudo com a geada em 1975. A produção do alambique ajudou a pagar as contas.

"Meu pai já tinha experiência nisso e trouxe essa atividade pra cá, enquanto esperava a recuperação da lavoura", diz.

Aos poucos, o café foi deixado para trás e o terreirão virou estacionamento da fazenda. Caminhando pela propriedade, a gente vê que cada detalhe é bonito. Dentro de uma casinha, mais uma surpresa: um moinho. A força da água gira a pedra e, lá dentro, o milho é moído. A pedra centenária também veio de Minas e o fubá fininho que sai dela é garantia de polenta saborosa.

A propriedade guarda outras surpresas. Que tal um museu na sala? Tudo que conta uma história ou que traz alguma recordação, seu Márcio gosta de colecionar. Pode ser um objeto ou uma fotografia. Todas essas peças ficam guardadas pela casa e acabam virando decoração. Encontramos um relógio onde seu Márcio colou várias fotos da família, mas ele tirou todos os ponteiros.

"Esse relógio antigo eu fiz assim para ele não marcar o tempo para mim, para o tempo não passar. É para sempre que eu olhar para o relógio achar que está na hora. Na hora de viver a vida, na hora de ser feliz. É o momento, sempre se dá valor ao momento", diz.

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