Com o afastamento e suspensão de 23 servidores públicos municipais na última semana por suspeita de irregularidades na fiscalização de obras, a Prefeitura de Maringá convocou nesta segunda-feira (6), dez candidatos que foram aprovados no último concurso público da prefeitura.
Outros treze servidores que faltam para completar o quadro de funcionários serão remanejados da Secretária de Obras. "Convocamos esses dez e remanejamos alguns para a fiscalização. Agora está tudo sob controle e os servidores estão na rua trabalhando. Abrimos uma sindicância interna e vamos aguardar o resultado dela", disse o procurador jurídico de Maringá, Luiz Carlos Manzato.
Ainda segundo Manzato, os suspensos e afastados poderão voltar a trabalhar na prefeitura, caso não se comprove a participação nas irregularidades. Os suspensos são suspeitos de cobrar propina para dar rapidez aos trâmites e alvarás de construções. Todos os outros são acusados de facilitar processos que envolviam familiares. Tudo partiu de uma denúncia anônima. Investigação deverá se estender por 60 dias.
Entenda o caso
A situação começou quando a prefeitura recebeu uma denúncia anônima que informava sobre fiscais de obras que estariam cobrando propina para facilitar tramites e alvarás das construções. Três funcionários acabaram suspensos por suspeita de beneficio financeiro. Outros 23 são acusados de tornar mais ágil o processo de obras que envolviam parentes. Destes últimos, a prefeitura afastou 17 fiscais para outros setores e os seis restantes eram ex-funcionários do setor.
"Recebemos a informação de que os três servidores afastados cobravam entre R$ 900 e R$ 1,4 mil [para assinatura de projetos]. Sobre os outros, há indícios de irregularidades. Eles faziam a tramitação na prefeitura mais rápida quando as obras eram de esposas ou filhos", disse Manzato.
Todos os envolvidos ficam distantes dos cargos de fiscais até que seja concluída a sindicância interna na prefeitura, o que pode demorar mais de 60 dias.
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