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Após uma onda de crimes – intensificados nos primeiros meses deste ano - prefeituras de 14 municípios da região Noroeste criaram o Conselho Intermunicipal de Segurança do Rio Paraná. De acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Maringá e responsável pela elaboração do estatuto do Conselho, Laércio Januário de Almeida, a proposta surgiu após um abaixo-assinado que arrecadou 925 assinaturas de moradores que clamavam por mais segurança na região.

"O movimento começou de forma tímida, mas ganhou proporção à medida que os crimes foram aumentando", pontuou o coordenador do Gaeco. Além de assaltos a condomínios na região de Porto Rico, Almeida lembrou que o filho de um cartorário de Porto Camargo foi morto por assaltantes há alguns meses.

O coordenador do Gaeco explicou que o conselho ainda não foi formalizado, mas que um documento organizado pela Comissão Provisória do Consinter foi entregue ao governador Beto Richa (PSDB), na última quinta-feira (26), em visita à região. "O governador se comprometeu publicamente em atender às reivindicações."

Entre os pedidos, além do reconhecimento da própria criação do conselho, está a criação de uma delegacia fluvial da marinha do Brasil; criação de delegacias itinerantes de Polícia Civil, Polícia Federal e Força Verde; criação do Batalhão de Polícia Militar de Divisa (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul) com sede em Loanda; aumento imediato do efetivo das polícias Civil e Militar.

Segundo Almeida, a intenção é de que algumas solicitações sejam atendidas até o final do ano. Para a instalação de delegacias itinerantes, por exemplo, os prefeitos de São Pedro do Paraná e Porto Rico já cederam imóveis que poderiam ser utilizado pelos policiais.

O prefeito de Porto Rico, Paulo Prates Nogueira (PSDB), disse por telefone que o imóvel poderá ser utilizado, também, como um posto avançado da Maringá. "Já conversamos com o delegado-fluvial de Guaíra [Clayton França de Menezes] e ele disse que algumas equipes poderiam realizar patrulhas nos finais de semana ou a cada 15 dias para garantir a segurança da população da região."

Além do posto, na reivindicação do Consinter, há a solicitação de duas embarcações motorizadas para os municípios de Porto Rico e Querência do Norte. O coordenador do Gaeco se mostrou otimista em relação às solicitações. "Tudo isso começou com um apelo da população. Estamos finalizando questões burocráticas, mas acredito que este mês a segurança na região comece a ser reforçada."

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