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Brasileiros entram cada vez mais cedo no mundo das drogas

No Dia Mundial de Combate às Drogas, comemorado terça-feira (26), um dado preocupa autoridades e especialistas no Brasil: o uso de drogas está acontecendo cada vez mais cedo na vida dos brasileiros.

"Esta é a grande preocupação nossa devido à precocidade do acesso ao álcool e às demais drogas, sendo que o que fica mais notório é o abuso, o uso excessivo do álcool, entre menores de 18 anos", disse à Agência Brasil a psicóloga Leandra Iglesias, diretora da unidade serrana da Associação Brasileira de Alcoolismo e Outras Drogas (Abrad). Ela participou da 14ª Semana Nacional de Prevenção ao Álcool e Outras Drogas, que ocorre na cidade de Petrópolis, na região serrana fluminense.

De acordo com a Abrad, o uso do álcool e do tabaco começa em torno de 12 anos de idade, em média. Cerca de 12,5% da população brasileira são dependentes de álcool. E o consumo entre as mulheres aumentou 55% nos últimos dez anos, "de forma abusiva", informou a psicóloga.

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O número de usuários de drogas em Maringá está crescendo. Somente entre janeiro maio deste ano, o atendimento envolvendo jovens abaixo de 19 anos aumentou 100% em comparação ao mesmo período de 2011. Foi o que apontou balanço divulgado terça-feira (26) pela Prefeitura de Maringá e pelo Conselho Municipal Antidrogas.

Nos primeiros cinco meses do ano a Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc) atendeu 1,8 mil pessoas de diversas idades por uso abusivo de álcool e uso de drogas. Entre os atendimentos registrados, 47% das pessoas apresentaram vício em crack, problema que fica evidenciado pelo volume apreendido da droga no município. Entre 2010 e 2011, a Prefeitura confirmou que a apreensão de crack subiu 100% no Município, passando dos 154 quilos para 280 quilos.

O segundo problema mais recorrente é o consumo excessivo de álcool, vício presente em 42% das pessoas atendidas no CapsAD, Hospital Municipal, Hospital Psiquiátrico e em 7 comunidades terapêuticas.

Drogas

Segundo a secretária de Assistência Social e Cidadania, Miriam Raquel, são vários fatores que aproximam os jovens da droga. Alguns exemplos apontados por ela são a falta da estrutura familiar, situação econômica, vizinhança e a falta de prevenção.

De acordo com ela, a escolha pelo crack se deve ao preço baixo e a dependência imediata da droga. "O que acontece em Maringá é que somos uma cidade centralizada, com qualidade de vida muito maior a cidade próximas como Sarandi, Paiçandu e Mandaguaçu. Atraímos pessoas que não tem situação econômica alta e que procuram o crack com muita facilidade aqui", declarou a secretária. Ela confirma que a pedra de crack custa R$ 5 e muitas pessoas conseguem juntar esse valor no semáforo.

Para combater o aumento do consumo de drogas na cidade, a Prefeitura intensificou ações nesta semana, em decorrência do Dia Internacional de Combate às Drogas, em 26 de junho. Entre 17 horas e 21 horas desta quarta (27), está programada a Festa da Prevenção, na Praça Raposo Tavares.

"As ações se concentram tanto na prevenção, com atividades esportivas, culturais e de lazer, quanto no tratamento, coordenado pela Secretaria de Saúde em parceria com as entidades e comunidades terapêuticas", explicou a secretária.

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