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Com radares desligados, Avenida Colombo passou a ser preocupação principal da PRF | Ivan Amorin/Gazeta do Povo
Com radares desligados, Avenida Colombo passou a ser preocupação principal da PRF| Foto: Ivan Amorin/Gazeta do Povo

Com a chegada dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aos postos de fiscalização da região Noroeste, as demandas mais urgentes já foram identificadas e serão tratadas com prioridade, explicou Marcelo Gladson, inspetor da PRF responsável pela transição de comando das rodovias federais na região. Segundo ele, o maior problema sem dúvida é o patrulhamento do trecho urbano da BR-376, os 12 quilômetros da Avenida Colombo, em Maringá. Nesta sexta-feira (22), desde 8h, a PRF assumiu os postos de Campo Mourão, Porto Camargo e Paranavaí. Na quinta-feira (21), Marialva já havia também trocado o comando.

Como havia explicado o inspetor Fabiano Moreno, da comunicação social da PRF, o primeiro passo era identificar na região as necessidades particulares, o que será repassado diariamente para o comando central em Curitiba. "Vamos precisar de um efetivo grande para trabalhar na Avenida Colombo, que passa a ser nossa prioridade", disse o inspetor Gladson, sobre a maior demanda percebida de imediato. Desde sábado (16), os radares administrados pela Prefeitura na via estão fora de funcionamento e não geram multas e autuações.

Segundo Gladson, já na quinta-feira (21) policiais rodoviários federais iniciaram o patrulhamento da avenida, utilizando radares móveis, bafômetros e computadores de mão. "Vamos substituir a não utilização das câmeras da Setran (Secretaria Municipal de Trânsito)", disse. A proposta de convênio com a PRF encaminhada pela Setran de Maringá já está em Brasília para análise do comando central da Polícia Rodoviária Federal, o que vai permitir que os radares da Colombo voltem a funcionar, mas ainda não há prazo para a efetivação do acordo.

Os agentes nos postos do Noroeste vão trabalhar em esquema de rodízio. Eles ficam durante 15 dias e depois são substituídos por outros policiais que também devem ser deslocados de outros estados. Também está em estudo a construção de novos postos para abrigar a PRF. Durante a fase de transição os locais serão divididos com a Polícia Rodoviária Estadual.

Ao todo, são 497 quilômetros de rodovias federais na região Noroeste onde a PRE não tem mais autonomia de ação desde sábado (16). De lá para cá, cerca de 400 autuações de motoristas infratores deixaram de ser realizadas nos quatro postos. Esses trechos são partes das BR-376, a chamada Rodovia do Café, a BR-369, que liga a região até Foz do Iguaçu e a BR-387, que liga o Paraná até Mato Grosso do Sul.

Mudança de comando

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) começou a retomar na quarta-feira (20) o controle de 3,4 mil quilômetros de estradas de rodagem federais do Paraná que há 30 anos estão sob domínio do Batalhão de Polícia Rodoviária da PM. Para dar conta dos novos trechos, reforçou em 55% o atual efetivo trazendo 300 policiais do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal. A Operação Gralha Azul começou com a retomada de oito postos de fiscalização na região metropolitana de Curitiba, no Centro-Sul e nos Campos Gerais, seguiu nesta quinta-feira (21) em 10 postos da região Norte e será concluída sexta-feira (22) em seis postos nas regiões Oeste, Sudoeste, Noroeste e Centro-Oeste.

O Tribunal ordenou, ainda, que a PRF assuma o controle e determina a devolução dos valores arrecadados com multas aplicadas pela PM nesses trechos. A ocupação dos 23 postos se dará até sexta-feira, mas a transição levará mais tempo. Assim, policiais rodoviários estaduais e federais compartilharão as instalações por algumas semanas.

Um acórdão do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região autorizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a retomar o controle de 3,4 mil quilômetros de estradas há 30 anos sob domínio da Polícia Militar do Paraná. A decisão se baseia em ação do Ministério Público Federal que determina a saída da PM desses trechos e a "devolução de valores arrecadados ilegal e abusivamente". Ou seja, quem foi multado pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE) em estradas federais do Paraná poderá pedir ressarcimento, conforme precedente aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do vendedor Ademir Bernardo de Lima.

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