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Bancários decidiram pelo fim da greve em Maringá, em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (16). A greve já durava 18 dias e foi considerada a mais longa dos últimos 20 anos.

Carlos Roberto Rodrigues, vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, disse que a decisão foi quase unânime. "Teve um ou outro que votou contra [o fim da greve]", relatou. Ele estima que 200 bancários participaram da assembleia na Praça Napoleão Moreira da Silva.

Rodrigues contou que, em média, o reajuste para o piso foi de 12% e, para os demais salários, 9%. "A Caixa Econômica, por exemplo, teve um reajuste de 11,55% no piso, com mais 2,5% em 90 dias, totalizando, assim, cerca de 14%", comemorou. O Banco do Brasil (BB) fechou o acordo em 10% no valor do piso.

"A categoria ficou satisfeita, pois o acordo ficou próximo do que foi reivindicado [12% de reajuste]." Os bancos em Maringá e região vão reabrir a partir das 11h desta segunda-feira (17).

Londrina

Também em assembleia, realizada na manhã desta segunda-feira (17), os bancários também optaram pelo fim da greve.

A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última sexta (14) foi aprovada por unanimidade e os trabalhadores já voltam ao trabalho ainda nesta manhã, segundo o sindicato da região.

Curitiba

Na tarde de domingo (16), cerca de 700 bancários definiram pelo término da greve em assembleia realizada na quadra esportiva do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.

A funcionária do Banco do Brasil (BB) Luzia Aparecida Fernandes, 34 anos, votou a favor do reajuste, mas considera a taxa insatisfatória. "Acho pouco o que foi proposto, mas precisamos evitar que aconteça a mesma imposição que aconteceu com a greve dos Correios", afirma.

A paralisação dos funcionários dos Correios encerrou no dia 13 de outubro, após determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Trabalho compensado

Os 18 dias de paralisação da categoria serão compensados, em invés de descontados. Durante a semana, cada grevista deverá repor com, no máximo, duas horas extras de trabalho diárias até o dia 15 de dezembro. As horas que excederem a data serão anistiadas.

Reivindicações

O acordo salarial acertado com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é o mesmo para toda categoria: 9% de aumento, com ganho real de 1,5%. A proposta da pauta da Campanha Nacional 2011 reivindicava 12,8% de reajuste para os bancários.

Além do reajuste salarial, a pauta da categoria exigia que o salário inicial dos bancários fosse de R$ 2.297,51 para todas as funções. Na nova tabela de salários aprovada pelos trabalhadores, apesar do aumento, o salário continua variando conforme o cargo: caixa (R$ 1.900,32), escriturário (R$ 1.400) e portaria (R$ 976).

Os bancários também conquistaram uma Participação nos Lucros e Resultados (PRL) de 90% do salário com R$ 1.400 adicionais. A proposta da Fenaban também inclui um aumento de 9% nos auxílios de refeição, alimentação e creche, entre outros. Além disso, os bancos ficam impedidos a partir de agora de explorar os rankings de desempenhos individuais como monitoramento de resultados. A medida deve evitar conflitos entre os funcionários de um mesmo banco.

Outro item da proposta aprovada pelos trabalhadores é a criação de mesas temáticas dentro dos bancos. Assim, os funcionários poderão debater com os superiores nas agências questões como segurança, saúde no trabalho e assédio moral, entre outras.

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