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Treze cadeias das regiões Noroeste e Centro-Oeste do estado começaram a receber nesta sexta-feira (1º) os agentes de cadeia pública recém-contratados pela Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju). A medida faz parte da transferência de 60 carceragens da Polícia Civil - até então administradas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) - para a Seju.

Em todo o Paraná, 1.235 agentes de cadeia pública estão sendo contratados. Desse total, 227 vão trabalhar nas cadeias da região de Maringá. No total, 975 agentes já começaram os serviços nos estabelecimentos prisionais, sob o comando do delegado local.

Para o secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, esse contingente de agentes contratados será um reforço importante nos distritos policiais, uma vez que a Sesp prorrogou por mais 60 dias os contratos temporários de 198 agentes de carceragem, que já vinham trabalhando nas carceragens das delegacias e tiveram contrato vencido em 31 de janeiro.

Segundo o delegado chefe da 9ª Subdivisão Policial de Maringá, Osnildo Lemes, a chegada dos agentes vai melhorar o trabalho da Polícia Civil, que atualmente conta com cerca de dez pessoas responsáveis por cuidar da carceragem. "Vamos deixar de cumprir uma função que não é nossa para desempenhar o trabalho que de fato é nosso. Não há nenhum ato administrativo nos nomeando como diretores de cadeias", declarou. Transferência para a Seju

De acordo com a secretária de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, a transferência definitiva das carceragens para a Seju deve ser concluída no primeiro semestre deste ano. Na região Noroeste, serão transferidas para a administração da Secretaria da Justiça as cadeias de Maringá, Colorado, Nova Esperança, Paranavaí, Sarandi, Cianorte, Cruzeiro do Oeste, Loanda e Umuarama, onde estão 1.264 presos. Já no Centro-Oeste, a Seju assume as carceragens de Campo Mourão, Goioerê e Peabriu, onde estão outros 354 detentos.

Todas elas enfrentam problemas de superlotação carcerária. Em Peabiru, o local com capacidade para 16 presos está com 90 homens. As cadeias com maior população carcerária são Maringá (com 218 detentos e capacidade para 120) e Umuarama (com 217 homens e espaço planejado para 64). Ao todo, as 60 carceragens que serão transferidas contam atualmente com 6.792 presos em 2.796 vagas.

Maria Tereza informou que, nesse primeiro momento, pouca coisa deve mudar na superlotação dos distritos policiais. Segundo ela, os resultados devem aparecer nos próximos meses. "Esse é um problema histórico que estamos solucionando, e a sua resolução leva um tempo. Nosso compromisso é acabar com a superlotação de cadeias do Paraná", disse a secretária.

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