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Objetos pessoais e documentos são maioria das coisas deixadas em rodovias, mas há outros utensílios curiosos | Fábio Dias/Gazeta Maringá
Objetos pessoais e documentos são maioria das coisas deixadas em rodovias, mas há outros utensílios curiosos| Foto: Fábio Dias/Gazeta Maringá

O caminho percorrido pelos objetos esquecidos

Segundo a assessoria de comunicação da Viapar, cerca de dez objetos são recolhidos mensalmente pelas equipes de inspeção de tráfego. A maior parte é encontrada no acostamento da BR-369, no trecho entre Campo Mourão (na região Centro-Oeste) e Corbélia ( no Oeste paranaense).

"Toda vez que encontramos alguma coisa, o problema passa a ser como achar o dono", comenta a auxiliar. Os objetos são encaminhados até a praça de pedágio mais próxima, onde fica por 15 dias aguardando que o proprietário o procure - prazo que é estendido para 20 dias no caso de documentos.

Caso não ocorra procura, o objeto é levado para a sede da empresa em Maringá, onde permanece por mais 30 dias. Esgotado esse segundo prazo, parte dos itens é enviada para o setor de achados e perdidos dos Correios, enquanto que agasalhos, brinquedos e dinheiro em espécie seguem para entidades assistenciais. "No primeiro semestre, uma carteira com R$ 12,10 foi localizada e teve esse fim", explicou Fátima.

Em caso de perda de objetos nas rodovias da RodoNorte, os descuidados podem ligar para o telefone 0800 42 1500 e tentar encontrar o que foi perdido

Televisores, bicicletas, artigos de cama, mesa e banho. O que mais parece ser anúncio de uma loja de departamentos é na verdade a lista de alguns objetos que foram deixados nas rodovias do Paraná. Muitos desses itens acabam sendo recolhidos e levados para uma espécie de "achados e perdidos" da Viapar, concessionária que administra cerca de 500 quilômetros de estradas das regiões Norte, Noroeste e Oeste do estado.

Entre os objetos mais encontrados estão varas de pescar, cupons e cartões de vale pedágio, óculos, placas, bonés, colchões e aparelhos de telefone celular. Mas também já foram encontradas desde rodado duplo de caminhão até álbum com fotografias.

Já o serviço da Rodonorte chegou ao cúmulo de encontrar um caixão funerário, além cadeira de rodas, antena parabólica e botijão de gás. Na tarde do último dia 21, por exemplo, foi encontrado um fogão no KM 534 da BR-376, na confluência com a BR-277. O eletrodoméstico ficou abandonado no meio da pista. No dia 7 de novembro, no KM 488 (Contorno de Ponta Grossa), havia um manequim de loja caído no acostamento.

Segundo a ouvidora da RodoNorte, Andrea Copla, quando os donos dos objetos são encontrados, são enviados sem nenhum custo ao proprietário. "Sempre que nós conseguimos alguma informação que possa ajudar a localizar o dono do objeto, nós fazemos esse trabalho de detetive. Pode ser um cartão de banco, um telefone celular, ou até o logotipo de uma igreja", conta a ouvidora.

Ela se refere a um caso em que a equipe de inspeção de tráfego encontrou nas proximidades de Ponta Grossa dois sacos de roupas de escoteiros, ligados a uma igreja de Maringá. "Eram dois sacos grandes cheios de roupas de escoteiros, que tinham a marca dessa igreja. Nós ligamos para várias perguntando quem tinha viajado pelos nossos trechos, até que encontramos o pastor responsável. Enviamos de volta e ele ficou surpreso", relembra.

Segundo a auxiliar administrativa da Viapar, Fátima Aparecida Zamboti, apesar de muita gente perder os pertences pelo caminho, apenas 5% dos objetos são reclamados pelos donos, apesar de seu valor financeiro ou sentimental. Ela acredita que a maior parte dos objetos foi abandonada intencionalmente. "Não tem como a gente dizer o motivo do descarte, mas muitos itens estão velhos ou sem utilidade", explicou. Já o índice de devolução de documentos, segunda a Rodonorte, chega a 98%.

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