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A Câmara de Maringá não pretende retomar a discussão em torno do reajuste nos subsídios. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (29) durante uma reunião envolvendo os dez vereadores que haviam votado favoravelmente pelo reajuste de 90% nos próprios salários. Segundo o presidente do legislativo, Mário Hossokawa (PMDB), o grupo decidiu que não vai apresentar projeto para revogar o aumento dos salários aprovados .

"Chegamos no consenso que a princípio, não vai haver qualquer tipo de revogação", declarou. Questionado sobre a reação da sociedade, Hossokawa informou que a situação ainda pode mudar. "Essa proposta vai valer para 2013. Até lá, muitas coisas podem acontecer, mas a princípio, o que foi votado, sancionado e publicado vai ser mantido".

Entre os que participaram da reunião, apenas Flávio Vicente (PSDB) defendeu a revisão do projeto, que foi aprovado na semana passada e sancionado pelo prefeito Silvio Barros (PP) na última segunda-feira (21).

A decisão revoltou muitos populares que foram até a Câmara cobrar a revogação, até porque alguns parlamentares haviam se manifestado dispostos a rediscutir os valores. É o caso de Vicente, Carlos Eduardo Sabóia (PMN) e o líder do governo, Heine Macieira (PP).

Projeto polêmico

O aumento dos salários foi aprovado em regime de urgência na sessão na última quinta-feira(17). A proposta foi aprovada em primeira discussão por 10 votos a 3. No mesmo dia, a matéria recebeu novo parecer favorável durante sessão extraordinária.

Votaram contrários ao projeto os vereadores: Humberto Henrique (PT), Manoel Sobrinho (PCdoB) e Mário Verri (PT). Marly Martin (PPL) não esteve presente na sessão, mas declarou que é contrária ao valor de reajuste aprovado. A nova remuneração dos parlamentares, válida para a próxima legislatura (2013-2016), passa de R$ 6,3 mil para R$ 12 mil - uma elevação de cerca de 90%.

A medida também beneficia secretários municipais, o vice-prefeito e o prefeito, que teve aumento no salário de R$ 17,3 mil para R$ 25 mil (elevação de 44%), maior até do que o subsídio pago atualmente ao prefeito de São Paulo (SP).

Revoltados com o aumento, internautas se mobilizaram e em 48 horas chegaram a coletar mais de 1,4 mil assinaturas, que seriam encaminhadas para o prefeito. O movimento, chamado de "Super Salário não, revogação já!", ganhou o apoio de várias entidades.

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