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O presidente da Câmara de Vereadores de Maringá, Ulisses Maia (PP), informou que a comissão formada para investigar supostas irregularidades nos pagamentos de horas extras no Legislativo está fazendo uma análise detalhada de cada caso.

Em nota divulgada no site da Câmara na tarde de segunda-feira (1º), Maia informou que também estão sendo verificadas questões como funções gratificadas, as gratificações especiais e as jornadas de trabalho.

A princípio, o levantamento que foi iniciado na última terça-feira (26) deveria durar dez dias. No entanto, a análise deve ser prolongada até o fim da próxima semana. "Não tenho muito pressa, pois este é um trabalho amplo e completo. Além disso, os pagamentos de horas extras já estão suspensos. Se forem verificadas desconformidades, vamos corrigi-las",explicou.

A comissão é presidida pelo diretor legislativo da Câmara Municipal, Aldi César Mertz, e também conta com o procurador jurídico, o controlador interno e os diretores administrativo e geral. A criação do grupo foi determinada após a verificação de que os gastos com hora extra haviam aumentado 119% em fevereiro deste ano. Além de criar a comissão, Maia determinou que desde o mês passado, todos os pedidos de hora extra devem ter autorização da presidência do Legislativo.

Análise feita pelo Observatório Social e Ministério Público

Maia também informou que a análise das possíveis irregularidades é feita em parceria com o Ministério Público do Paraná (MP-PR) e que a comissão também está ouvindo o Observatório Social de Maringá. Segundo ele, a intenção é dar total transparência à Câmara. "É preciso entender que o salário do servidor é aquele para o qual ele fez concurso, e não os adicionais que são provisórios."

71% dos funcionários efetivos da Câmara fizeram hora extra no mês passado

O relatório de horas extras pagas aos servidores da Câmara Municipal de Maringá (CMM), divulgado no último dia 25, aponta que, entre 70 funcionários efetivos, 50 fizeram hora extra em fevereiro. No total, a Casa gastou R$ 29.702,71 com as horas adicionais em fevereiro deste ano com 71% dos funcionários efetivos - 162% a mais do que no mesmo período do ano passado, quando o gasto foi de R$ 11.328,26.

A quantidade de tempo trabalhado a mais por alguns empregados chamou a atenção. Em fevereiro deste ano, por exemplo, um vigia recebeu R$ 3.366,84 a mais por conta das mais de 195 horas extras que fez. Caso ele tenha trabalhado todos os 28 dias do mês, a média será de quase sete horas adicionais por dia.

As zeladoras, juntas, somam pouco mais de 576 horas extras no mês passado, o que corresponde a um gasto de R$ 7.576,25 em adicionais nos salários. Outro caso que chama a atenção é o de um operador de audiovisual, que trabalhou 65 horas e 30 minutos a mais do que a jornada de trabalho. Ele recebeu R$ 1.584,48 em horas extras.

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