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A Câmara de Vereadores de Astorga pode votar na próxima terça-feira (13) o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar um suposto superfaturamento na compra de terrenos por parte da prefeitura. "Queremos iniciar a investigação do mau uso no dinheiro público", afirmou a vereadora Lindaura de Jesus Locádio (PDT).

Parte dos vereadores afirma que a prefeitura teria gasto R$ 379 mil na compra de dois alqueires na rodovia PR-218, trecho entre Iguaraçu e Astorga. Na mesma época, em abril de 2011, o prefeito da cidade, Arquimedes Ziroldo, o Bega (PTB), teria comprado 20 alqueires junto com a família, na mesma rodovia, por R$ 33 mil cada. Valor dez vezes menor que o gasto municipal e com maior em extensão. Além de Lindaura, pedem a CPI os vereadores Yolláh Margareth da Silva (PDT) e José Carlos Balarotti (PR).

"O superfaturamento está comprovado documentalmente", afirmou Balarotti. O vereador diz ter os documentos das negociações. Segundo ele, os 20 alqueires comprados pelo prefeito foram negociados em 25 de abril do ano passado. Já os dois alqueires foram comprados pela prefeitura em 13 de maio. "Queremos saber qual é o valor real."

O prefeito Arquimedes Ziroldo afirmou que os valores informados pelos vereadores são verdadeiros, mas os parlamentares teriam analisado as negociações de forma errada. O terreno com valor mais alto teria sido comprado por uma empresa e não pela prefeitura. "Não tem dinheiro público", afirmou. "O proprietário tem 25 a 28 alqueires e resolveu vender os dois melhores, a 500 metros da rodovia."

O segundo caso teria sido uma compra feita pelo prefeito e o irmão dele. Juntos, eles adquiriram 20 alqueires que, segundo ele, ficam do lado contrário da rodovia em relação ao outro terreno. "O preço é baixo porque 15 alqueires são apenas mato. São de reserva legal, que ninguém mexe", disse.

Bega ainda afirmou que tem interesse que a CPI seja realizada no município para poder esclarecer o problema. "Eles [vereadores] têm os números e os induziram de forma errada, não sei se intencionalmente ou não."

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