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Preocupação dos agentes é com o pouco cuidado da população com depósitos de dengue. Autoridades prometem intensificar fiscalização | Divulgação/arquivo
Preocupação dos agentes é com o pouco cuidado da população com depósitos de dengue. Autoridades prometem intensificar fiscalização| Foto: Divulgação/arquivo

Campanha Nacional

A Campanha Nacional de Combate à Dengue começa a ser veiculada dois meses antes do início do período de maior transmissão da doença, que vai de janeiro a maio, segundo o ministério da Saúde. Serão feitas campanhas publicitárias para alertar a população quanto a importâncias de combater os criadouros do mosquito aedes aegypti - recipientes ou lixo que acumulem água.

Os recursos investidos nas ações de 2008/2009 no Teto Financeiro de Vigilância em Saúde (TFVS) serão de R$ 1,02 bilhão. O TFVS é um conjunto de recursos enviado pelo Ministério da Saúde para estados e municípios atuarem no controle de diversas doenças, como dengue, hanseníase e malária. Além do Teto, houve investimento de R$ 55 milhões em compras diretas do Ministério da Saúde até outubro deste ano especificamente para combater a dengue, com ações como campanha publicitária, treinamento e capacitação, equipamentos e insumos, entre outras atividades.

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O ministro da saúde José Gomes Temporão divulgou os números dos casos de dengue em todo país durante o lançamento nacional da Campanha de Combate à Dengue 2009/2010, realizada nesta quinta-feira (29) em Brasília. Os dados indicam redução no número de casos em 20 estados e no Distrito Federal na comparação entre 2008 e 2009, no período de 1º de janeiro a 1º de agosto. No total, as notificações caíram 46,3% em todo o Brasil. No Paraná, estado com a 10.ª posição no número de casos, a redução foi de 52%.

Ainda de acordo com o levantamento nacional foram registrados 406.883 casos, em 2009, contra 758.051, em 2008. Houve queda de 63% no número de óbitos, redução de 46% no número de casos gerais e diminuição de 80% nos casos graves de dengue em comparação com o ano passado. Até 1º de agosto, houve 166 óbitos neste ano. No mesmo período, em 2008, foram registradas 451 mortes.

O estado do Rio de Janeiro registrou a maior queda de notificações (95,9%), seguido do Rio Grande do Norte (93,0%) e Sergipe (90,4%). Os estados do Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso apresentaram aumento no número de casos. O Acre teve aumento de 850% no número de notificações, pulando de 2.141, até agosto de 2008, para 18.106 no mesmo período deste ano.

Temporão fez uma crítica aos estados que tiveram aumento de registros da doença. "Poderíamos ter alcançado um resultado melhor se os estados [que apresentaram acréscimo de casos] tivessem tido um desempenho melhor. Esperamos um desempenho mais homogêneo para 2010"

O Paraná registrou queda de 52% nas notificações com 7.732 nos oito primeiros meses de 2009. Em 2008, no mesmo período, o número de casos registrados foi de 15.862. O estado é o 10.º com maior número de notificações. Em 2007, o Paraná teve um surto de dengue os casos chegaram a 25 mil. Naquele ano, sete pessoas morreram. Em 2008 foram registrados outros dois óbitos. Neste ano não houve mortes, segundo a Secretária de Saúde do Estado (Sesa).

Em 2007, houve um surto da doença na região de Maringá e pelo menos três pessoas morreram. Em 2009, a cidade contabiliza 378 casos notificados e 56 confirmados desde janeiro. Em 2008, o número de casos confirmados foram os mesmos, mas sem mortes. De acordo com o secretário de saúde de Maringá Antonio Carlos Nardi são 155 agentes trabalhando na cidade durante o ano todo e uma força-tarefa já foi montada para o início de novembro. "Nos 15 primeiros dias de novembro será feita a quinzena do descarte. Os bairros com maior risco de infestação vão ter atenção especial no recolhimento dos entulhos e lixo que acumulem água", explicou Nardi.

Os bairros maringaenses com risco maior de infestação são Jardim Ebenezer, João Paulino, parte da Vila Esperança e Cidade Jardim, Vila Santa Izabel, Borba Gato, Operária e bairros próximos ao Residencial Aeroporto.

Preocupação

Segundo o secretário de saúde do estado, Gilberto Martin, já foram identificados os três tipos de vírus da dengue no estado. Com a ocorrência dos três, a possibilidade de desenvolvimento da dengue hemorrágica são maiores. "Isso acontece quando uma pessoa contraindo a doença mais de uma vez. Se ela já pegou o tipo um, pode ainda pegar o dois e a três. Neste caso a pessoa pode contrair a versão mais grave da dengue, que é a hemorrágica. Em média, a cada grupo de cinco pessoas com dengue hemorrágica três vão a óbito", alertou Martin.

De acordo com a Secretaria de Saúde, o Paraná investiu 1,4 milhões em programas de treinamento de pessoal, equipamentos e divulgação de publicidade de combate à dengue. Mais 1,3 milhões de recursos estão em andamento totalizando 2,7 milhões para este ano.

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