Casos de dengue já passam de cem em Maringá

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Os casos confirmados de dengue em Maringá, que estavam em 79, já chegam a 122, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (18) pela Secretaria de Saúde de Maringá. Há ainda 368 casos notificados e 58, descartados. Não ocorreu nenhuma morte. Na comparação com a semana anterior, data do último levantamento, são 43 novos casos.

Entre os pacientes contaminados, 115 (o que equivale a 94% do total) contraíram a doença na própria cidade, enquanto sete (ou 6% do total) importaram-na de outros municípios - a maioria do Mato Grosso do Sul, durante viagens. O número de casos da doença neste ano já supera o de 2009, que terminou com 69 registros.

E a contaminação deve crescer ainda mais, já que, segundo o secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi, pelo menos a metade dos casos notificados deve ter a contaminação confirmada. Isso acontece porque a notificação só é feita quando o paciente apresenta sintomas claros da doença.

Nardi atribuiu o crescimento da doença do ano passado para cá ao relaxamento da população, que mantém criadouros no mosquito principalmente nos quintais. Na tentativa de reduzir o número de focos, a Prefeitura está multando todas as pessoas cuja casa ou comércio tenha pontos de água parada. Até a semana passada, a Prefeitura havia expedido onze multas, número igual ao aplicado durante todo o ano de 2009.

Região

A situação também é preocupante nos municípios vizinhos de Maringá. Conforme o balanço mais recente da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), a Regional de Saúde de Maringá lidera o número de casos confirmados no Paraná, com 55. Em seguida estão as regionais de Foz de Iguaçu (25) e Londrina (23). Em Curitiba e região metropolitana foram apenas quatro registros. Em todo o estado, são 150 casos.

Ainda de acordo com o último levantamento da Sesa, três cidades da região Noroeste estão entre as cinco com maior índice de infestação do Estado. É o caso de Doutor Camargo (24,6%), Ângulo (13,9%), Astorga (10%). O índice aceito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é 1%.