Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Conselho Tutelar

CMDCA vai cobrar dos futuros conselheiros domínio sobre Estatuto da Criança

Demora dos vereadores em aprovar lei fez com que Conselho Municipal da Criança mudasse regras de eleições para Conselho Tutelar por conta própria

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) baixou uma resolução que altera regras para eleição de conselheiros tutelares. A preocupação é evitar a repetição de problemas, como por exemplo, quando uma conselheira "deu" a uma família de amigos um bebê que estava sob responsabilidade do Conselho Tutelar. Agora, para se candidatar ao posto, o interessado terá que fazer uma prova e responder questões sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O bom desempenho será requisito para o registro de candidatura.

O CMDC pleiteou que as novas regras fossem definidas em lei municipal. O assunto entrou em discussão na Câmara, mas os vereadores não entraram em consenso e adiaram o temo por dez sessões. "Então partimos para outra solução, pois não podemos esperar mais, senão não daria tempo de organizarmos as próximas eleições", disse a vice-presidente do CMDCA, Cibele Cristina Telles Campos. "Na prova, o candidato terá que acertar um percentual mínimo para concorrer".

O Conselho Tutelar irá eleger 10 conselheiros em 26 de setembro, mas os interessados já podem se inscrever a partir do dia 9 de agosto. Além da prova, é exigida do candidato uma idade mínima de 21 anos, idoneidade moral e residência no município. Após a eleição, haverá ainda um curso de capacitação de 16 horas para os novos funcionários.

Ações de conselheira serão julgadas

Em 17 de julho de 2009, o CMDCA afastou do cargo uma conselheira tutelar acusada de jogar documentos da entidade no lixo. Ao todo, ela foi acusada de se desfazer de 300 papéis. Ela retornou à função, após entrar com um mandado de segurança na Vara da Infância e Juventude de Maringá, alegando que o CMDCA não tinha poderes para afastá-la.

Em maio deste ano, a mesma conselheira foi novamente afastada, dessa vez pela Vara da Infância e da Juventude de Maringá. No segundo afastamento, ela foi acusada de entregar a um casal de amigos uma criança recém-nascida e abandonada pela mãe.

O bebê foi retirado do Hospital Municipal de Maringá pela conselheira. O juizado alegou que ela agiu "em total desacordo com as regras do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e dos princípios da Administração Pública". No documento, ele acrescenta que conselheira afastada deveria ter encaminhado a criança à Justiça da Vara da Infância, conforme prevê o ECA.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.