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O problema de habitação em Sarandi passou a ser muito discutido depois de invasões a conjuntos em construção

Com um déficit habitacional de cerca de 5,5 mil casas, Sarandi recebeu na terça-feira (1.º) um estudo realizado pelo Observatório das Metrópoles da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O levantamento foi encomendado pela Prefeitura de Sarandi e deu origem ao Plano de Habitação de Interesse Social. Famílias com renda de até três salários mínimos são as que mais sofrem com a falta de moradia.

A professora Celene Tonella, pesquisadora do Observatório, lembrou que em 2007 o governo federal lançou o Sistema Nacional de Habitação e Sarandi estava entre os municípios contemplados. A partir daí um plano de habitação voltado para a cidade começou a ser desenvolvido, e para isso foram realizadas quatro audiências públicas e diversas oficinas de trabalho.

"Dentro do critério de renda, o projeto ainda respeita as especificidades, por exemplo, mulheres com filhos menores e sozinhas, pessoas portadoras de deficiências, idosos. Então os mais carentes dentro dessa faixa de renda terão prioridade", disse Celene. Segundo ela, o plano vai direcionar os investimentos habitacionais em Sarandi até 2023.

Invasões de casas

Em 9 de março, moradores vizinhos ao conjunto do Jardim Universal ocuparam 17 casas e as obras tiveram de ser interrompidas por causa da invasão. Na terça-feira (10), a ocupação foi ampliada e outras 18 unidades foram invadidas. Com isso, todas as casas do conjunto foram ocupadas e aproximadamente 120 pessoas passaram a morar nos imóveis.

Essa não foi a única ocupação de casas em construção em Sarandi. Em janeiro outras residências tinham sido invadidas no Parque Alvamar, depois que a empreiteira abandonou as obras.

Programa habitacional

Outro projeto habitacional que ganhou destaque nos último dias foi lançado pelo governo federal na quarta-feira (25) e prevê um aporte total de R$ 34 bilhões na construção das moradias. Desses, R$ 16 bilhões serão destinados à redução do déficit habitacional da população com renda familiar de zero a três salários mínimos.

A intenção do governo é construir 1 milhão de unidades em todo o país, das quais 44.172 serão no Paraná e Maringá terá direito a 13%. O prazo para apresentação dos projetos termina em 14 de abril.

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