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Comerciante trabalha com as portas fechadas para evitar assaltos

O presidente da Associação de Moradores do Jardim Atlanta, do Conjunto Itatiaia e do Jardim Ibirapuera, Clóvis Trentin, conta que muitos moradores e comerciantes recorreram a cercas elétricas, alarmes e até outras medidas menos usuais para garantir a segurança da família, dos funcionários e do próprio patrimônio.

Uma dessas medidas foi tomada por Eduardo Alexandre de Oliveira, 45 anos. A loja dele, de roupas e calçados, funciona com as portas fechadas. Quando chega um cliente que não aparenta ser ladrão, os funcionários abrem a porta, para atendê-lo. "A situação realmente não está boa", reclama.

Quando Oliveira está na loja, que fica no Conjunto Parigot de Souza, as portas ficam abertas. No entanto, para evitar assaltos, ele mesmo faz o papel de segurança, ficando na frente da porta. Tudo isso porque o estabelecimento ser alvo de duas tentativas de assalto nos últimos três meses.

Oliveira cuida da frente da própria loja e a do filho também, que fica ao lado. O comércio do filho, uma loja de assistência técnica em informática, sofreu dois roubos e outras duas tentativas de roubo nos últimos três meses também.

Moradores e comerciantes da Zona 36, que engloba vários bairros na região leste de Maringá, realizarão uma passeata contra a violência na tarde desta quinta-feira (29). A partir das 16h30, eles vão se reunir na Avenida Osires Guimarães, em frente ao Centro de Educação Infantil do Conjunto Itatiaia. De lá, eles seguirão até a Avenida Guaiapó, carregando faixas e distribuindo panfletos.

Os comerciantes fecharão as lojas mais cedo, em sinal de protesto. Muitos deles sofreram vários assaltos nos últimos meses. O presidente da Associação de Moradores do Jardim Atlanta, do Conjunto Itatiaia e do Jardim Ibirapuera, Clóvis Trentin, cita como exemplo um supermercado que foi assaltado três vezes em duas semanas. "Os comerciantes estão até trabalhando de portas fechadas", reclama. "A segurança está um caos."

Segundo Trentin, a Zona 36 reúne cerca de 33 mil habitantes. Pela amplitude populacional, os moradores e comerciantes reivindicam a instalação de um módulo policial no bairro e maior atuação da polícia. Além disso, pedem pela ampliação do efetivo policial de Maringá e pelo o desenvolvimento de políticas públicas para crianças, adolescentes e jovens, a fim de que eles não entrem para o crime.

O oficial de comunicação social do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente Alexandro Gomes, afirma que o patrulhamento ocorre diariamente em todo o município. No caso da Zona 36, existe uma viatura somente para atender aos bairros que a compõem. "O patrulhamento acontece, mas as pessoas podem não ver porque estão trabalhando", diz. "Quanto ao aumento do efeito, isso não depende do batalhão, mas, sim, do governo."

Entre os bairros que integram a Zona 36, o 4º BPM informa que o Jardim Liberdade teve 23 roubos; o Jardim América, 17 roubos; e o Conjunto Itatiana, apenas um, entre 1º de janeiro e 29 de julho de 2009. Os mesmos bairros registraram, respectivamente, 33, 21 e três, no mesmo período deste ano. "Houve um aumento, mas não foi significativo", diz Gomes. "Entre 1º de janeiro e 29 de julho de 2009, registramos 142 só na Zona 1."

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