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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Leitos no Paraná deu prazo de 21 dias para os hospitais de Maringá - conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) - formularem um novo acordo para os procedimentos de média e alta complexidade do SUS. O prazo foi dado na tarde desta quarta-feira (24) pelo presidente da CPI, o deputado estadual Leonaldo Paranhos (PSC).

Durante os 21 dias em que o novo acordo será elaborado, os pacientes que necessitam de cirurgias ortopédicas serão divididos entre três hospitais por ano de nascimento. Com o novo acordo, o HU de Maringá deixa de atender pacientes da área de ortopedia, apenas os encaminha para os outros três hospitais. Os pacientes que nasceram em anos com finais 8 serão levados para o Hospital Santa Rita; finais 9 para o Metropolitano de Sarandi e 0 para a Santa Casa.

"Viemos a Maringá para resolver o problema específico da ortopedia, que ficou parcialmente resolvido. Estamos felizes porque sabemos que agora as pessoas não ficarão abandonadas nos corredores do HU. Agora os hospitais vão discutir o acordo com as outras áreas da saúde e em 21 dias devem nos enviar", explicou o presidente da CPI, Leonaldo Paranhos.

Foram convocados para a reunião na tarde desta quarta, o secretário de saúde, Antônio Carlos Nardi - que não compareceu por estar em viagem à Brasília (DF) -, os diretores dos hospitais e os representantes da 15ª Regional de Saúde, do Conselho Regional de Medicina (CRM) e da Comissão Municipal de Saúde.

Denúncia será formalizada

Ainda nesta semana, a assessoria jurídica da CPI também irá formalizar denúncia ao Ministério Público e ao CRM para que sejam apuradas as responsabilidades pela morte da paciente Maria da Conceição Bernardino, de 81 anos, ocorrida na madrugada de domingo, após passar por cirurgia no Hospital Metropolitano de Sarandi. A CPI quer saber se a morte pode ter sido causada pela espera de 16 dias no Hospital Universitário.

Diante dos novos fatos ocorridos em Maringá, Paranhos e o relator da CPI Marcelo Rangel (PPS) decidiram solicitar a prorrogação do prazo para a entrega do relatório final, prevista para sexta-feira (26). "Precisamos reprogramar a entrega do relatório, que já estava praticamente pronto, para incorporar essa situação de Maringá", explicou Rangel, em nota encaminhada para a imprensa.

CPI vai apurar possível negligência

A CPI dos Leitos do SUS no Paraná vai apurar possíveis negligências de hospitais de Maringá no atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), que muitas vezes formam filas em corredores de hospitais à espera de vaga, principalmente na área de ortopedia. O coordenador-geral da CPI dos Leitos, Jefferson Abade, disse que a suspeita de irregularidades na administração das vagas é grande e que, se comprovada, os hospitais poderão responder por omissão de socorro.

"Todas as vezes que a CPI vai a Maringá conseguimos vagas em outros hospitais para as pessoas que estão nas filas do HU. Porque as pessoas não conseguem sem a intervenção da CPI? Precisamos descobrir porque deve ter irregularidades. Embora as pessoas estejam dentro dos hospitais, elas não estão sendo atendidas e isso configura em omissão de socorro", conta Abade.

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