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Um desequilíbrio nas contas da Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) é um dos principais motivos que impedem a empresa de reduzir a tarifa do transporte público em Maringá. A explicação foi dada pelo administrador executivo da TCCC, Roberto Jacomelli, à reportagem nesta terça-feira (3) e, também, na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o transporte coletivo, na Câmara Municipal de Maringá (CCM), na segunda-feira (2).

Segundo Jacomelli, desde a implantação de um contrato entre a empresa e a Prefeitura de Maringá em 2011, a TCCC opera com dificuldades financeiras. "Dentro do novo contrato tivemos resultado negativo no primeiro ano de implantação", explicou. "Não estamos tendo o retorno na nossa taxa de investimento e nossa economia está desequilibrada."

Para o administrador executivo, o cenário econômico desfavorável se deve ao fato de que o número de passageiros diminuiu ao longo dos anos. De 2011 até este ano, o Índice de Passageiro por Quilômetro (IPK) caiu 8% em Maringá. "Isso tudo acontece por conta de passageiros que começam a usar outros meios para se locomover."

A intenção dos vereadores que integram a CPI do Transporte é investigar se o argumento usado pela empresa é realmente verídico. Segundo o relator da investigação, o vereador Humberto Henrique (PT), a empresa ainda não conseguiu provar os argumentos. Ele cobra a planilha oficial de metodologia de custos, que ainda não foi entregue aos membros da comissão.

"A Prefeitura não mandou os documentos que deram origem aos valores da planilha de custos, porque os perdeu, o que é muito grave", sentenciou o vereador. "São documentos que balizaram o aumento da tarifa e, se não tem como provar, dá a entender que é feito de maneira aleatória."

A reportagem também procurou o presidente da CPI, Luciano Brito (PSB), mas não conseguiu localizá-lo.

Documentos perdidos

Entre os entrevistados pela CPI na segunda-feira (2) estava o engenheiro de transporte coletivo da Secretaria Municipal de Transporte e Segurança (Setrans), Mauro Menegazzo. Durante a comissão, ele citou que os documentos solicitados haviam sumido da Setrans. A planilha foi entregue com base em anotações feitas a mão por ele mesmo, mas os membros da CPI querem o documento oficial.

Sobre a entrega dos documentos faltantes, Roberto Jacomelli, da TCCC, disse acreditar que as planilhas serão entregues a tempo para avaliação da CPI, que pretende apresentar um resultado das investigações ainda neste mês. "Vamos levantar e entregar. Não tem motivo para não entregar. Todas as informações solicitadas estão sendo entregues."

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