Empresas não estão prontas para cuidar do próprio lixo, dizem Acim e Sindvest

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Muitas empresas de Maringá não estão prontas para cuidar sozinhas do próprio lixo, o que precisará ser feito a partir de janeiro, quando a Prefeitura deixará de recolher os resíduos de empresas que produzem mais de 50 quilos de lixo por dia. A medida foi tomada em cumprimento a uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e deveria ter sido aplicada em fevereiro, mas foi adiada a pedido das próprias empresas, que solicitaram mais prazo para se adequar à norma.

O problema é que o prazo está se esgotando e, segundo a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) e Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindvest), muitas empresas estão na estaca zero. "Tem muita gente deixando para a última hora", diz o vice-presidente para Assuntos Ambientais da Acim, Sir Carvalho. O órgão, porém, não possui uma estimativa de empresas nessa situação.

O Sindivest firmou uma parceria com o Sebrae e com o Senai, que estão oferecendo uma consultoria sobre o tema, auxiliando os empresários a cumprir a exigência. Das mais de 400 empresas que se enquadram na norma, apenas 40 estão participando da consultoria, que custa R$ 1,5 mil, com metade desse valor pago pelo próprio Sebrae. "Fizemos essa parceria pensando em todos os empresários, mas muitos não deram bola. Só vão se mexer quando 'sentirem no bolso'", fala o presidente do Sindvest, Carlos Pechek. Ele diz que, dependendo do volume de resíduo em situação irregular, as multas podem chegar a R$ 50 mil.

O Sindvest tem o plano de criar um barracão que centralize o recolhimento do lixo de todas as empresas associadas, o que baratearia os custos, já que a maioria está contratando terceiros para realizar o gerenciamento. A ideia, segundo Pechek, é que o projeto seja executado no ano que vem.

A reportagem entrou em contato com o secretário de Meio Ambiente, Diniz Afonso, mas foi informada pela assessoria de imprensa que ele estava viajando.